quinta-feira, 18 de junho de 2009

Contra os Canhões Marchar....Marchar


Como profissionais do ensino não podemos, nem devemos ficar inebriados pelos “pseudo-avanços” alcançados com a definição de objectivos individuais por alguns PCE e acantonados logo a seguir, mas sim prosseguir a luta; pois só reforçando e enfrentando as situações de frente é que elas podem ser ultrapassadas e resolvidas. Dar tréguas é reconhecer o fracasso de ideias e convicções de quem nelas acredita.

Maria de Lurdes Rodrigues e restante comitiva é fria e insensível como a ‘pedra’ e não cede aos argumentos apresentados pelos intervenientes no processo educativo (professores e alunos) e distancia-se, só admitindo mesmo fazer parte do problema e nunca parte da solução! Com um governo cúmplice que lhes dá cobertura e trata aliás os seus professores como professorzecos, ratos, coitadinhos… nunca e em tempo algum pode ser credível e estar de boa-fé.

Não é adoptando um regime de avaliação meramente economicista; não é mantendo um ECD inconstitucional (porque não negociado); não é tentando precarizar a profissão docente com uma lei suspensa mas não revogada (Lei 12-A/2008); não é com um novo modelo de gestão imposto às escolas com a figura do Director que se conseguem resultados. Por muito esforço que faça, não consigo compreender a visão tecnocrática dos que se convencem que fazendo despachos as coisas avançam.

As coisas avançam mudando a realidade das escolas. É nesse sentido que devemos estar prontos e continuar a exigir em consciência e determinação a mudança radical nas políticas levadas a cabo pela actual equipa ministerial; bem como continuar a luta pela suspensão deste processo estapafúrdio chileno de ADD.

Foi preciso continuar o espírito da jornada com nova manifestação a 30 de Maio e certamente serão precisos muitos mais dias já no início do próximo ano lectivo, a cair em cima das autárquicas ou das legislativas! Sejamos pois participantes, participativos e coerentes nas nossas tomadas de posição.

Esta avaliação e este ECD não serviram, nem nunca podem servir o interesse dos docentes, da escola pública, dos alunos e da educação. Citando Brecht: “ temos de ser nós todos, o povo baixo, a dar a volta a esta trampa. Leve o tempo que levar”.

Nenhum docente que se preze e nos seus valores poderá/deverá votar nas próximas eleições legislativas (neste) PS; que envergonha os portugueses em geral e os professores em particular!

José Carlos Jacinto (zeca.abt@hotmail.com)

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