Após uma década do inicio do ensaio das Provas de Aferição, ainda que, com um percurso irregular e em função das diferentes estratégias das equipas governamentais, embora assumidas como que um imperativo nacional pelo actual Ministério da Educação, não parece que estejam de facto a ser usadas, como instrumento de medida de sucesso, se, se tiver em conta a “tabela” pré-concebida pela actual politica educativa.
As contradições, relativamente ao pseudo indicador de medida do sucesso, que a todo o custo e para as estatísticas se quer incutir, são desmistificadas pelos próprios alunos, que não tiveram dúvidas em afirmar, e não mentem, que acharam as provas fáceis, sendo tão verdadeiros, ao ponto de haver quem acrescente, que, só achou difícil a composição por não gostar de ler.
A autentica promoção do facilitismo que vem caracterizando estas Provas de Aferição, transformadas em jornadas de propaganda de sucesso imediatista, que segundo tais instrumentos de medida, estão a mudar virtualmente a realidade, são tanto mais preocupantes, quando evidenciam diferente valorização dos saberes, reduzindo excessivamente a matéria dada, como denunciam associações e sindicatos de professores.
Este tipo de avaliação, condiciona mesmo negativamente o processo de ensino e aprendizagem, dado que pela sua própria natureza, não consegue avaliar a totalidade dos conhecimentos e das competências que fazem parte do programa obrigatório (Português e Matemática).
Para a realização destas Provas, assumidas empenhadamente pelo Ministério, ao ponto do celebre “manual” que chega a ridicularizar os docentes, e que impõe medidas rigorosas dentro e fora da sala de aula, foi preciso garantir as condições logísticas e as indispensáveis ao êxito dos dois dias em que o país ficou com os olhos fixos na escola do sucesso, mesmo à custa do sacrifício das aulas normais e as que contam, já que implicou o destacamento dos professores “revisores” ou “classificadores” e os “aplicadores” das Provas a quem era até sugerido, “Não procure decorar as instruções ou interpretá-la, mas antes lê-las exactamente como lhes são apresentadas ao longo deste Manual”. Só faltou mesmo um relógio em cada sala de aula, como era indicado também no manual de instruções.
Mas ao contrario das Provas de Aferição que não contam para a nota, os testes que contam mesmo para as avaliações por cada um dos três períodos lectivos, os resultados que se debatem nos pedagógicos sobre as negativas nas principais disciplinas e as estratégias diversificadas para melhorar, as negativas ou positivas que resultam na progressão ou retenção dos alunos. Estes Testes decisivos, estranhamente não merecem no mínimo, algumas das condições logísticas básicas e de valorização, relativamente ás Provas de Aferição que os alunos têm consciência que não são determinantes, pese embora todo o formalismo patético, como “Podem sair. Obrigado (a) pela vossa colaboração!”. Ora, se ironicamente a conclusão dos especialistas, for de que os testes feitos em função da matéria dada em sala de aula pelos professores, são os responsáveis pelos números do insucesso, então o pretenso instrumento de medida, impor-se-á com aparente rigor e métodos uniformizados, nivelando por baixo o sucesso da educação, continuando a desacreditar a escola pública e promovendo desde logo na adolescência a outra grande aposta da governação de Sócrates, como são as Novas Oportunidades.
José Lopes (Ovar)
As contradições, relativamente ao pseudo indicador de medida do sucesso, que a todo o custo e para as estatísticas se quer incutir, são desmistificadas pelos próprios alunos, que não tiveram dúvidas em afirmar, e não mentem, que acharam as provas fáceis, sendo tão verdadeiros, ao ponto de haver quem acrescente, que, só achou difícil a composição por não gostar de ler.
A autentica promoção do facilitismo que vem caracterizando estas Provas de Aferição, transformadas em jornadas de propaganda de sucesso imediatista, que segundo tais instrumentos de medida, estão a mudar virtualmente a realidade, são tanto mais preocupantes, quando evidenciam diferente valorização dos saberes, reduzindo excessivamente a matéria dada, como denunciam associações e sindicatos de professores.
Este tipo de avaliação, condiciona mesmo negativamente o processo de ensino e aprendizagem, dado que pela sua própria natureza, não consegue avaliar a totalidade dos conhecimentos e das competências que fazem parte do programa obrigatório (Português e Matemática).
Para a realização destas Provas, assumidas empenhadamente pelo Ministério, ao ponto do celebre “manual” que chega a ridicularizar os docentes, e que impõe medidas rigorosas dentro e fora da sala de aula, foi preciso garantir as condições logísticas e as indispensáveis ao êxito dos dois dias em que o país ficou com os olhos fixos na escola do sucesso, mesmo à custa do sacrifício das aulas normais e as que contam, já que implicou o destacamento dos professores “revisores” ou “classificadores” e os “aplicadores” das Provas a quem era até sugerido, “Não procure decorar as instruções ou interpretá-la, mas antes lê-las exactamente como lhes são apresentadas ao longo deste Manual”. Só faltou mesmo um relógio em cada sala de aula, como era indicado também no manual de instruções.
Mas ao contrario das Provas de Aferição que não contam para a nota, os testes que contam mesmo para as avaliações por cada um dos três períodos lectivos, os resultados que se debatem nos pedagógicos sobre as negativas nas principais disciplinas e as estratégias diversificadas para melhorar, as negativas ou positivas que resultam na progressão ou retenção dos alunos. Estes Testes decisivos, estranhamente não merecem no mínimo, algumas das condições logísticas básicas e de valorização, relativamente ás Provas de Aferição que os alunos têm consciência que não são determinantes, pese embora todo o formalismo patético, como “Podem sair. Obrigado (a) pela vossa colaboração!”. Ora, se ironicamente a conclusão dos especialistas, for de que os testes feitos em função da matéria dada em sala de aula pelos professores, são os responsáveis pelos números do insucesso, então o pretenso instrumento de medida, impor-se-á com aparente rigor e métodos uniformizados, nivelando por baixo o sucesso da educação, continuando a desacreditar a escola pública e promovendo desde logo na adolescência a outra grande aposta da governação de Sócrates, como são as Novas Oportunidades.
José Lopes (Ovar)
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