Um grupo de professores fez publicar uma posição assumindo que não vão entregar a ficha de auto-avaliação no final deste ano lectivo. As razões e o artigo podem ser lidas aqui. Esta iniciativa merece-nos os seguintes comentários:
1) É de facto uma atitude corajosa e coerente. E possivelmente será seguida por muitos mais professores. Levar às últimas consequências a rejeição deste modelo de avaliação injusto implica, além da não entrega dos objectivos individuais, a recusa em preencher a ficha de auto-avaliação “nos moldes pré-determinados pelo Ministério da Educação”. A não entrega desta ficha de auto-avaliação não significa uma recusa da auto-avaliação mas sim o repúdio por um modelo de avaliação catastrófico e prejudicial à escola pública. Estes professores merecem pois todo o respeito e apoio, pela coerência e determinação que demonstram.
2) Os próprios subscritores do artigo em causa, deixam bem expresso que ele não se trata de um apelo. Ou seja, não constitui um repto ou uma proposta de medida de luta a ser assumida por todos os professores. E, em nosso entender, fazem muito bem em frisar esse ponto. Isto porque, depois da divisão provocada pela entrega ou não entrega dos objectivos individuais, depois de mais de metade dos professores terem cedido ao medo de desobedecer quando nem sequer é muito claro que se tratava de uma desobediência, não seria muito lógico tentar impulsionar uma medida de luta que concerteza terá ainda menos seguidores. E daria ânimo ao governo, sempre pronto para se congratular com o estrondoso número dos que vão entregar a dita ficha, mesmo sob protesto.
3) A não entrega da ficha de auto-avaliação é uma posição que deve ser ponderada por cada professor avaliando os prós e os contras da sua decisão. Os que forem capazes de enfrentar as consequências merecem um respeito redobrado, os que não fortem capazes não merecem críticas. Isto sabendo que, estrategicamente, a saída para a luta dos professores passa por uma ou várias grandes acções de mobilização no início do próximo ano lectivo, ainda antes das eleições legislativas. Daquelas acções que podem juntar toda a gente e não apenas alguns resistentes. É isso que vai contar e é isso que fará tremer o governo.
1) É de facto uma atitude corajosa e coerente. E possivelmente será seguida por muitos mais professores. Levar às últimas consequências a rejeição deste modelo de avaliação injusto implica, além da não entrega dos objectivos individuais, a recusa em preencher a ficha de auto-avaliação “nos moldes pré-determinados pelo Ministério da Educação”. A não entrega desta ficha de auto-avaliação não significa uma recusa da auto-avaliação mas sim o repúdio por um modelo de avaliação catastrófico e prejudicial à escola pública. Estes professores merecem pois todo o respeito e apoio, pela coerência e determinação que demonstram.
2) Os próprios subscritores do artigo em causa, deixam bem expresso que ele não se trata de um apelo. Ou seja, não constitui um repto ou uma proposta de medida de luta a ser assumida por todos os professores. E, em nosso entender, fazem muito bem em frisar esse ponto. Isto porque, depois da divisão provocada pela entrega ou não entrega dos objectivos individuais, depois de mais de metade dos professores terem cedido ao medo de desobedecer quando nem sequer é muito claro que se tratava de uma desobediência, não seria muito lógico tentar impulsionar uma medida de luta que concerteza terá ainda menos seguidores. E daria ânimo ao governo, sempre pronto para se congratular com o estrondoso número dos que vão entregar a dita ficha, mesmo sob protesto.
3) A não entrega da ficha de auto-avaliação é uma posição que deve ser ponderada por cada professor avaliando os prós e os contras da sua decisão. Os que forem capazes de enfrentar as consequências merecem um respeito redobrado, os que não fortem capazes não merecem críticas. Isto sabendo que, estrategicamente, a saída para a luta dos professores passa por uma ou várias grandes acções de mobilização no início do próximo ano lectivo, ainda antes das eleições legislativas. Daquelas acções que podem juntar toda a gente e não apenas alguns resistentes. É isso que vai contar e é isso que fará tremer o governo.
2 comentários:
Pela minha parte (a nº3) agradeço o apoio demonstrado...
Lamento que sejam poucos os que compreendem o nosso "manifesto"...
As movimentações de massas precisam quantas vezes de ter um rastilho....
A história de 2008 poderia servir como exemplo.
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