Na recta final do ano lectivo, o Ministério informou as escolas que vai dar formação aos avaliadores e enviar novas fichas de auto-avaliação para os professores. Há estabalecimentos onde a auto-avaliação já esta feita, e os sindicatos estão "estupefactos". Mas o Ministério diz que está a cumprir prazos e que avaliação não terá "qualquer efeito" no próximo ano. Vê a notícia aqui.
A notícia de primeira página do Diário de Notícias desta sexta-feira mostra bem a aberração que constitui o actual modelo de avaliação docente. Os materias para construir a casa são de péssima qualidade e, ainda por cima, a casa começou a ser feita pelo telhado. Mais grave ainda, muda-se a qualidade de alguns materias já no final da obra e em apenas metade da casa. Quem acredita que ela se manterá de pé?
Um dia a casa vai abaixo e esperemos que seja mais cedo do que tarde. A divisão arbitrária da carreira nunca podia garantir um corpo de avaliadores preparados. O objectivo, também, nunca foi esse. De facto, o objectivo nunca foi sequer construir um modelo de avaliação sério, eficaz, e capaz de melhorar a qualidade pedagógica e científica dos professores. O objectivo foi apenas criar uma fractura para poupar dinheiro e estabelecer hierarquias.
Construir uma casa barata e com fundamentos débeis foi a opção do governo. Um sistema de avaliação rasteiro, superficial, baseado em reuniões, grelhas, fichas e parâmetros. Na verdade, ele é uma casarão de papel construído à borla e à custa do trabalho burocrático dos professores. Para quê? Para no futuro dificultar a progressão na carreira e assim poupar ainda mais nos salários. Ou seja, com um sistema barato se pretende tornar ainda mais barato o sistema global. A pedagogia e a qualidade do ensino ficam fora destas contas, porque, para este governo, elas simplesmente não existem.
Um dia a casa de papel vai abaixo. Somos muitos para soprar. Continuemos, pois, a encher esses pulmões, porque não falta muito para chegar o dia.
A notícia de primeira página do Diário de Notícias desta sexta-feira mostra bem a aberração que constitui o actual modelo de avaliação docente. Os materias para construir a casa são de péssima qualidade e, ainda por cima, a casa começou a ser feita pelo telhado. Mais grave ainda, muda-se a qualidade de alguns materias já no final da obra e em apenas metade da casa. Quem acredita que ela se manterá de pé?
Um dia a casa vai abaixo e esperemos que seja mais cedo do que tarde. A divisão arbitrária da carreira nunca podia garantir um corpo de avaliadores preparados. O objectivo, também, nunca foi esse. De facto, o objectivo nunca foi sequer construir um modelo de avaliação sério, eficaz, e capaz de melhorar a qualidade pedagógica e científica dos professores. O objectivo foi apenas criar uma fractura para poupar dinheiro e estabelecer hierarquias.
Construir uma casa barata e com fundamentos débeis foi a opção do governo. Um sistema de avaliação rasteiro, superficial, baseado em reuniões, grelhas, fichas e parâmetros. Na verdade, ele é uma casarão de papel construído à borla e à custa do trabalho burocrático dos professores. Para quê? Para no futuro dificultar a progressão na carreira e assim poupar ainda mais nos salários. Ou seja, com um sistema barato se pretende tornar ainda mais barato o sistema global. A pedagogia e a qualidade do ensino ficam fora destas contas, porque, para este governo, elas simplesmente não existem.
Um dia a casa de papel vai abaixo. Somos muitos para soprar. Continuemos, pois, a encher esses pulmões, porque não falta muito para chegar o dia.
Sem comentários:
Enviar um comentário