domingo, 28 de junho de 2009

Sinais de marcha-atrás


Quando avançou contra tudo e todos na implementação do seu modelo de avaliação, o governo dizia que das quotas não prescindia, porque elas eram a substância do seu modelo, porque elas permitiam distinguir os melhores dos piores e assim garantir o mérito na avaliação dos professores (basta até ler o primeiro parágrafo do texto do PS para defender este modelo de avaliação).

Esta tese foi sempre contestada pelos professores. O sistema de quotas é absurdo, injusto e não garante melhores desempenhos. O governo só o implementou por motivos economicistas. Sobre isso leia-se este texto do blogue De Rerum Natura

Agora, o governo vem dizer que as quotas são apenas importantes “numa primeira fase em que o processo está em fase de implementação”. Ou seja, admite recuar (leia também esta notícia).

Obviamente, não sabemos se se trata ou não apenas de uma manobra em tempos de campanha eleitoral. É muito provável. Mas duas coisas sabemos de certeza:

1) Começam a existir sinais de que a longa luta dos professores pode estar prestes a alcançar algumas vitórias significativas. São apenas sinais e não passarão disso se não mantivermos a firmeza dos protestos.

2) Fica mais uma vez demonstrada a arrogância e lata descomunal deste governo. Quando percebe que não tem condições para avançar com uma medida, quando percebe que tem que fazer cedências para não se estatelar no chão, inventa sempre a desculpa de que afinal até nunca pensou em ir verdadeiramente para a frente com essas medidas. Tem mau perder.

2 comentários:

Anónimo disse...

Mais do que «mau perder», este governo sempre «navegou à vista»... à vista das sondagens!
O governo e a máquina socrática que o apoiam sempre entenderam que «fazer política» era jogar nos «sound bytes» da demagogia e dos efeitos propagandísticos de medidas inócuas (umas) ou nefastas (outras) mas apresentadas como grandes inovações, reformas, avanços...
Agora, trata-se dos professores e todo o povo, encontrarem uma alternativa democrática a este estado de coisas.
Uma coisa é certa: temos de desmascarar a pseudo «obra» do governo, em particular na educação. Explicar o que foram na realidade as tais medidas, porque é que se consideram, no melhor dos casos, como fogo-de-vista, sendo porém a imensa maioria delas des-estruturantes da escola pública e portanto uma agressão à classe trabalhadora, aos pobres que têm na escola pública o único lugar onde podem estudar os seus filhos.
Solidariedade,
Manuel Baptista

Safira disse...

Continuam com a mesma mentira sobre a educação. Agora abrandaram porque é tempo de eleiçôes e eles não querem largar o TACHO. Os professores eles não enganam, porque vão votar contra PS!