quarta-feira, 15 de outubro de 2008

Ficha modelo para demissão de avaliador



ESCOLA DO SOSLAIO
Braga, _____ de _____________de 2008
Ex.mo Sr. Presidente do Conselho Executivo
ASSUNTO: Pedido de Suspensão das Funções de Avaliador
Eu ____________________________________________, professor do quadro de nomeação definitiva do ______ grupo de docência, venho, por este meio, solicitar a V. Ex.ª suspensão das minhas funções de avaliador, cargo para o qual fui nomeado no dia ____/____/_____, _______________________________._____________(indicar o modo como tal sucedeu: de preferência, se tal aconteceu, referenciar a nomeação em D.R.), pelas seguintes razões:

1. Não me sinto convenientemente preparado para avaliar os meus colegas, apesar da formação — muito insuficiente — que me foi oferecida nesse sentido.

2. Estando a decorrer o processo de definição de objectivos individuais, faço chegar ao conhecimento de V. Ex.ª que não me foi proporcionada suficiente formação específica nesse âmbito, pelo que não me sinto preparado para assumir essa responsabilidade.

3. Não me sinto vocacionado, nem considero ter, neste momento, as competências necessárias ao justo exercício do cargo de avaliador inter-pares.

4- Quando aceitei ser avaliador, desconhecia totalmente as condições e em que seria obrigado a exercer tal missão. Considero, por isso, absolutamente prematuro iniciar agora tão exigente missão.

5. Não sinto, relativamente aos meus colegas, a distância necessária para realizar uma avaliação com a imparcialidade que se exige. Por outro lado, considero que este processo, para ser competente e imparcial, deveria ser integrado na avaliação externa das escolas e ser conduzido pelas instituições que formam os docentes.

6. Não me sinto identificado com o modelo institucionalizado, até porque não acredito nos seus instrumentos de operacionalização nem na sua credibilidade da melhoria do sistema de ensino. Antes pelo contrário, tenho a convicção de que a aplicação deste modelo de avaliação, sustentado pela arbitrariedade de decisões e associado ao novo regime de gestão, que pretende instrumentalizar a vida das escolas, será gerador de profundas desigualdades e injustiças irremissíveis.

7. É violentador da minha consciência ética um processo de avaliação de desempenho da minha profissão consubstanciado num mero procedimento de controlo burocrático-administrativo que hierarquiza professores pelas tarefas, que os transforma em tecnocratas e os desvia decisivamente da sua missão de ensinar e educar, com é bem evidente no arranque deste ano lectivo e em todo o ano lectivo transacto.

8. Por fim, as fichas de avaliação em vigor não foram devidamente testadas e, pessoalmente, sinto muitas, mas mesmo muitas dúvidas relativamente à pertinência e à justeza da sua aplicação prática: alguns conceitos, assim como a subjectividade de muitos parâmetros e critérios, são prenúncio de injustiças, das quais não pretendo internalizar sentimentos de culpa, nem problemas de consciência moral e profissional.

Pede deferimento
O docente

1 comentário:

Anónimo disse...

Boa ideia! Devia estar na 1.ª página do blog!