terça-feira, 11 de novembro de 2008

O pesadelo burocrático e a desobediência à lei


E esta ministra ficará seguramente na história como a maior desgraça que se abateu nos últimos tempos sobre a educação em Portugal. Isso só ainda não é mais notório porque os efeitos das políticas educativas só se tornam evidentes passados vários anos. Por isso é arrepiante ver a senhora ministra insistir – contra tudo e contra todos os que, em Portugal, já alguma vez revelaram interesse pelas questões da educação – numa teimosia própria de mentes obstinadas e dogmáticas. E é também por isso um imperativo de justiça desobedecer a esta lei arbitrária e injusta, sobre uma questão de tão grande importância. Chama-se a isto desobediência civil e foi isso que fizeram em diferentes circunstâncias Gandi, Luther King, Bertrand Russell e muitas das referências cívicas e culturais do nosso mundo. É ilegítimo não cumprir a lei, diz a senhora ministra sem se aperceber que está a ser redundante. Pois é, é ilegítimo não obedecer à senhora ministra, pois foi ela que fez a lei. Mas terá mesmo de ser.

Lê no público o excelente texto de umProfessor titular de Filosofia da Escola Secundária Manuel Teixeira Gomes, de Portimão

3 comentários:

luisladeira disse...

Comovo-me até às lágrimas, quando um professor é apresentado como professor titular. É de igual forma que reajo quando leio manifestos que rejeitam o modelo de avaliação com base no inepto lançamento do primeiro concurso para titulares. E não deixa de ter piada que o Manuel Teixeira Gomes seja titular. Isto está a ficar de gritos!

AP disse...

É pá, o Teixeira Gomes foi titular da presidência da República, nos idos de 20 do XX e é o nome de uma escola na terra onde nasceu...corrijam esse lapso sff.

Aires Almeida disse...

Caro akelanoj comovido,

Eu sou o autor do texto e posso garantir que me estou completamente borrifando para a titularidade. Acho que, na sua comoção, não foi capaz de perceber (ou eu não consegui deixar claro)que apresentar-me como titular é importante para se compreender que mesmo os que foram agraciados com o dito título estão insatisfeitos e não é por isso que se sentem mais confortáveis com este modelo de avaliação. Repare que também referi que tinha 48 anos e quase 26anos de serviço. Achas que estou a querer mostrar que sou mais jovem (ou mais maduro)do que o akelanoj? Bolas, é preciso mesmo explicar tudo!

E recomendo-lhe alguma calma e menos comoção, pois não é atirando para tudo o que mexe que se conquistam pontos.