segunda-feira, 2 de fevereiro de 2009

Mais propaganda do governo, facilmente desmontada


Em Dezembro de 2005 havia 12 877 professores inscritos nos centros de emprego, número que três anos depois, em Dezembro de 2008, baixou para 5521. Trata-se de uma quebra de 57,1 por cento, de acordo com os números do Instituto de Emprego e Formação Profissional (IEFP). E, no caso dos docentes dos 2º e 3º ciclos do ensino básico, secundário e superior, a redução atinge os 70,8% – de 9148 para 2671. (Fonte: CM, 2/2/09)

Comentário de Ramiro Marques, no seu blogue:

1. Houve uma quebra no número de professores desempregados. Essa quebra deveu-se a várias razões: aposentações antecipadas de cerca de 5 mil professores, em 2008; generalização das AECs; aumento dos alunos a frequentarem cursos profissionais; programa Novas Oportunidades.
2. A quebra também se deveu ao cansaço dos candidatos a professores. Muitos desistiram de ser professores e procuraram trabalho noutras áreas: restauração, turismo e comércio.
3. Muitos dos jovens professores estão a pagar para trabalhar. Com horários de 6, 8 e 10 horas, deslocados de casa, são muitos os que auferem vencimentos mensais de 500 euros.
4. Muitos dos professores que trabalham nas AECs e que, por esse motivos, deixaram de estar inscritos nos centros de emprego, ganham à hora. Por vezes, menos de 10 euros à hora. Têm trabalho mas auferem salários baixíssimos.

A estas razões postadas pelo Ramiro Marques, acrescentamos uma muito importante, referida pela Fenprof:

Na opinião da Fenprof, é o fim dos estágios remunerados que provoca aquela quebra de inscrições. "Antes de 2006, esses estágios eram remunerados, contavam como tempo de serviço efectivo e os professores descontavam para a segurança social. Quando acabavam o estágio, se ficassem desempregados, milhares inscreviam-se no centro de emprego. Agora isso já não acontece", diz Mário Nogueira.

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