domingo, 31 de maio de 2009
Para quem não acreditava…sem palavras
De cima para baixo: foto da agência Lusa da manif de ontem, panfleto do Movimento Escola Pública distribuído na manifestação, capa do Diário de Notícias deste Sábado
E agora, as palavras:
Que valem sempre pouco, ao lado das imagens de mais um momento extraordinário da força e da razão dos professores na defesa da escola pública.
Valeu a pena. Apesar dos exames, apesar do calor, apesar das provas de aferição, apesar dos afazeres infindáveis de final de ano lectivo, apesar do cansaço acumulado, apesar dos muitos que entregaram os objectivos individuais, os professores calaram o medo e voltaram a encher a Avenida da Liberdade. Foram quase 80 mil, para não fugir à média dos 100 mil (100 mil, 120 mil, 80 mil)…
Ou seja, mais de metade dos professores deste país, pela terceira vez em pouco mais de um ano, vieram para a rua gritar. E calámos a ministra e o governo. Ouviram o governo dizer que a manifestação foi pequena? Ouviram a ministra dizer que a manifestação foi a prova de que precisava de que a sua reforma está ganha? Não. Não ouviram porque os professores não deixaram. Eles achavam-nos derrotados. Eles tiveram uma surpresa desagradável.
Os professores mostraram que continuam unidos e que recusaram terminar o ano lectivo de costas voltadas e desconfiados uns dos outros. Esta manifestação colocou-nos outra vez na primeira posição. Mostrámos que temos força, estamos ao ataque, e deixámos os burocratas à defesa.
Vamos lá saborear a lição que lhes démos.
E agora, as palavras:
Que valem sempre pouco, ao lado das imagens de mais um momento extraordinário da força e da razão dos professores na defesa da escola pública.
Valeu a pena. Apesar dos exames, apesar do calor, apesar das provas de aferição, apesar dos afazeres infindáveis de final de ano lectivo, apesar do cansaço acumulado, apesar dos muitos que entregaram os objectivos individuais, os professores calaram o medo e voltaram a encher a Avenida da Liberdade. Foram quase 80 mil, para não fugir à média dos 100 mil (100 mil, 120 mil, 80 mil)…
Ou seja, mais de metade dos professores deste país, pela terceira vez em pouco mais de um ano, vieram para a rua gritar. E calámos a ministra e o governo. Ouviram o governo dizer que a manifestação foi pequena? Ouviram a ministra dizer que a manifestação foi a prova de que precisava de que a sua reforma está ganha? Não. Não ouviram porque os professores não deixaram. Eles achavam-nos derrotados. Eles tiveram uma surpresa desagradável.
Os professores mostraram que continuam unidos e que recusaram terminar o ano lectivo de costas voltadas e desconfiados uns dos outros. Esta manifestação colocou-nos outra vez na primeira posição. Mostrámos que temos força, estamos ao ataque, e deixámos os burocratas à defesa.
Vamos lá saborear a lição que lhes démos.
A Luta é dura, mais dura é a razão que a sustem
Fomos de novo para a rua, sim senhor. A luta continua bem acesa em nós porque a mantê-la está a defesa da Escola Pública e dos seus valores.
Não concordamos com as políticas educativas do PS e dissemo-lo alto e bom som, em vésperas de eleições. E não estamos sozinhos, como se pode ver pelo cartaz que uma docente carregava consigo.
“Ministra, adeus, Ministra quando fores leva contigo os Directores.”
“Esta avaliação, p´ra quê?”
“1,2,3, já cá estamos outra vez, 4,5,6, não queremos estas leis, 7,8,9, é a escola que nos move.”
“Se isto não mudar, nós havemos de voltar. ”
Foram algumas das palavras de ordem que nos acompanharam desde o Marquês de Pombal até aos Restauradores.
Seguem-se links para algumas notícias:
80 mil chumbam política da ministra
Professores vão protestar "as vezes que forem precisas"
Novo protesto de professores em Lisboa
Oposição promete acabar com modelo de avaliação
sexta-feira, 29 de maio de 2009
Vamos ser muitos/as. Traz um/a amigo/a também
Sábado é o dia
(foto de tintas, no flickr)
Sábado é dia para mais uma grande manifestação contra a desfiguração da escola pública. É dia para professores e professoras e para todos/as os/as que sentem na pele que as políticas do governo PS nos deixaram uma escola menos democrática e mais autoritária, menos escola e mais empresa, menos pública e mais privatista, fazerem as ruas.
Sábado é o dia, e pelas melhores razões. Deixo-vos apenas duas.
1. Está aí o final do ano lectivo e o calendário aperta, mas Sócrates e Maria de Lurdes Rodrigues não podem ficar com corda até às legislativas para alardear que foram “modernos” e que a reforma triunfou.
Se deixarmos, eles vão, incansavelmente, repetir que foram “modernos” porque dividiram a carreira docente entre professores de primeira e de segunda. Nós lá estaremos, Sábado, para repetir que esta divisão não faz sentido, que é arbitrária e que, ainda por cima, foi feita da forma mais incompetente que tinham à mão.
E se os deixarmos, eles irão, quais heróis da modernidade, martelar que avaliaram professores pela primeira vez na história de Portugal. E nós vamos continuar a dizer e a mostrar que esta avaliação é um pesadelo burocrático e uma fantochada.
E se os deixarmos, vão papaguear que foram modernos porque meteram directores nas escolas, porque precarizaram professores e despacharam os mais experientes com reformas miseráveis. E nós não vamos deixar. E lá estaremos, ainda, para lhes mostrar que a gestão empresarial das escolas nada acrescenta à sua vocação pública.
E com o “ensejo reformista” ao rubro, ainda vão pedir o voto pelo “bem” que fizeram aos alunos e alunas. E nós sabemos que, por mais que o profissionalismo de professores e professoras tenha dado tudo para os poupar aos filmes de terror do Ministério da Educação, é mentira, que o mal-estar, o cansaço e a desmotivação nas escolas ganham lastro em cada dia que passa.
2. Porque eles têm medo. O governo tem medo das manifestações sobre o calendário eleitoral, tem medo da unidade de professores e professoras, da responsabilidade e da coragem que vieram de todos os lados, que fizeram movimentos e responsáveis de opinião assinar apelos conjuntos, que fizeram os sindicatos assumir o seu papel.
Eles têm medo, e é por isso que, depois de quatro anos de autoritarismo e arrogância, depois de terem escavacado a escola pública, recuam. É esta a hipocrisia do governo PS e é esta a razão que o fez recuar na questão dos vínculos.
Sábado é dia para mostrar que nem este governo, nem esta ministra, nem estas políticas passarão. É um dos dias mais importantes da luta, e onde nos vamos encontrar, com tudo o que temos para mudar.
Cecília Honório
Sábado é dia para mais uma grande manifestação contra a desfiguração da escola pública. É dia para professores e professoras e para todos/as os/as que sentem na pele que as políticas do governo PS nos deixaram uma escola menos democrática e mais autoritária, menos escola e mais empresa, menos pública e mais privatista, fazerem as ruas.
Sábado é o dia, e pelas melhores razões. Deixo-vos apenas duas.
1. Está aí o final do ano lectivo e o calendário aperta, mas Sócrates e Maria de Lurdes Rodrigues não podem ficar com corda até às legislativas para alardear que foram “modernos” e que a reforma triunfou.
Se deixarmos, eles vão, incansavelmente, repetir que foram “modernos” porque dividiram a carreira docente entre professores de primeira e de segunda. Nós lá estaremos, Sábado, para repetir que esta divisão não faz sentido, que é arbitrária e que, ainda por cima, foi feita da forma mais incompetente que tinham à mão.
E se os deixarmos, eles irão, quais heróis da modernidade, martelar que avaliaram professores pela primeira vez na história de Portugal. E nós vamos continuar a dizer e a mostrar que esta avaliação é um pesadelo burocrático e uma fantochada.
E se os deixarmos, vão papaguear que foram modernos porque meteram directores nas escolas, porque precarizaram professores e despacharam os mais experientes com reformas miseráveis. E nós não vamos deixar. E lá estaremos, ainda, para lhes mostrar que a gestão empresarial das escolas nada acrescenta à sua vocação pública.
E com o “ensejo reformista” ao rubro, ainda vão pedir o voto pelo “bem” que fizeram aos alunos e alunas. E nós sabemos que, por mais que o profissionalismo de professores e professoras tenha dado tudo para os poupar aos filmes de terror do Ministério da Educação, é mentira, que o mal-estar, o cansaço e a desmotivação nas escolas ganham lastro em cada dia que passa.
2. Porque eles têm medo. O governo tem medo das manifestações sobre o calendário eleitoral, tem medo da unidade de professores e professoras, da responsabilidade e da coragem que vieram de todos os lados, que fizeram movimentos e responsáveis de opinião assinar apelos conjuntos, que fizeram os sindicatos assumir o seu papel.
Eles têm medo, e é por isso que, depois de quatro anos de autoritarismo e arrogância, depois de terem escavacado a escola pública, recuam. É esta a hipocrisia do governo PS e é esta a razão que o fez recuar na questão dos vínculos.
Sábado é dia para mostrar que nem este governo, nem esta ministra, nem estas políticas passarão. É um dos dias mais importantes da luta, e onde nos vamos encontrar, com tudo o que temos para mudar.
Cecília Honório
quinta-feira, 28 de maio de 2009
Encontramo-nos no meio da multidão
O ponto de encontro do Movimento Escola Pública, para os professores das escolas sem cortejo próprio, é no cruzamento da Rua Castilho com a Rua Joaquim António Aguiar (a que sobe do Marquês para os Amoreiras).
É importante dar já esta informação, porque, felizmente, a confusão vai ser muita. Ora leiam:
"Manifestação - Locais de concentração e percursos
Já somos muitos milhares. Do Norte, do Centro, do Sul, de toda a área da Grande Lisboa crescem as inscrições nos autocarros e a organização dos professores e educadores nas escolas para virem todos juntos para a grande manifestação.
Porque vamos ser muitos milhares convém ter em conta os locais de concentração na zona do Marquês de Pombal:
Locais de concentração:
a) Os docentes provenientes do Norte e Centro concentram-se no Parque Eduardo VII.
b) Os docentes provenientes da área da Grande Lisboa e do Sul concentram-se na Rua Joaquim António de Aguiar (sentido descendente, é a rua que liga o Marquês às Amoreiras).
O percurso da manifestação terá a seguinte orientação:”
Vê o resto no site da Fenprof
É importante dar já esta informação, porque, felizmente, a confusão vai ser muita. Ora leiam:
"Manifestação - Locais de concentração e percursos
Já somos muitos milhares. Do Norte, do Centro, do Sul, de toda a área da Grande Lisboa crescem as inscrições nos autocarros e a organização dos professores e educadores nas escolas para virem todos juntos para a grande manifestação.
Porque vamos ser muitos milhares convém ter em conta os locais de concentração na zona do Marquês de Pombal:
Locais de concentração:
a) Os docentes provenientes do Norte e Centro concentram-se no Parque Eduardo VII.
b) Os docentes provenientes da área da Grande Lisboa e do Sul concentram-se na Rua Joaquim António de Aguiar (sentido descendente, é a rua que liga o Marquês às Amoreiras).
O percurso da manifestação terá a seguinte orientação:”
Vê o resto no site da Fenprof
Um país de estúpidos burocratas
"Hoje, o meu mais velho (5ºano), entregou-nos uma simpática carta da sua professora de ciências, informando que tendo ela solicitado a passagem à reforma em Dezembro passado, há dois dias tinha recebido comunicação deferindo positivamente o seu pedido, com efeitos a partir de 31 de Maio.
Como se está em final de ano, ela manifestou a sua disponibilidade, que foi aceite de bom grado pela Comissão Executiva, para assegurar as aulas das suas turmas por mais três semanas, ou seja até ao final do ano escolar, a 19 de Junho.
Contactada a Direcção Regional de Educação do Norte, foi-lhe no entanto indicado que se teria de retirar obrigatoriamente do serviço no final do mês de Maio, informando-nos a professora que, embora lamentando, não poderá ignorar tal directiva.
Não haverá substituição de professor, nem os alunos terão aulas, nem darão por inteiro o programa, nem terão o último teste, nem se sabe como serão lançadas ou por quem as notas da disciplina."
No blogue blasfémias
Como se está em final de ano, ela manifestou a sua disponibilidade, que foi aceite de bom grado pela Comissão Executiva, para assegurar as aulas das suas turmas por mais três semanas, ou seja até ao final do ano escolar, a 19 de Junho.
Contactada a Direcção Regional de Educação do Norte, foi-lhe no entanto indicado que se teria de retirar obrigatoriamente do serviço no final do mês de Maio, informando-nos a professora que, embora lamentando, não poderá ignorar tal directiva.
Não haverá substituição de professor, nem os alunos terão aulas, nem darão por inteiro o programa, nem terão o último teste, nem se sabe como serão lançadas ou por quem as notas da disciplina."
No blogue blasfémias
A noz esmagada
«A imposição de esquemas punitivos de avaliação a todos é como utilizar uma marreta para esmagar uma noz. Tal imposição reduz a “avaliação” ao mínimo denominador comum. Os esquemas de avaliação que implicam 100% do pessoal docente, tendo em vista detectar uma pequena percentagem de incompetentes, constituem uma perda de tempo considerável. Ironicamente, a ansiedade que provocam também pode desincentivar a excelência de muitos que se tornam relutantes em correr riscos, devido ao receio da punição.»
Uma afirmação de Michael Fullan e Andy Hargreaves, bem lembrada pelo blogue Correntes
Uma afirmação de Michael Fullan e Andy Hargreaves, bem lembrada pelo blogue Correntes
Ganhar a Escola Pública, reformar a ministra
"A reforma está ganha", diz Maria de Lurdes Rodrigues como quem quer convencer aqueles/as que não sabem o que se passa nas escolas. Na verdade, diz como quem tem de o dizer porque sabe que há praxes inalteráveis do poder. E ao dizer isto ostenta os números confrangedores da sua "vitória". Mas talvez os números impressionem alguém.
A Ministra da Educação utiliza os/as 80 mil que teriam entregue os objectivos individuais de avaliação para sancionar a sua política. Com isto, em primeiro lugar, desce a fasquia: afinal o número de professores/as e educadores/as que fizeram greve e que se manifestaram é claramente superior ao número dos que cumpriram um passo do processo de avaliação que a Ministra jurava ser obrigatório e que acarretaria as piores consequências para os infractores; afinal cerca de 50 mil, 38% dos professores/as, arriscaram a sua progressão na carreira ao desafiar directamente a prepotência do Ministério resistindo às ameaças (então senhora Ministra, os seus objectivos individuais neste item eram assim tão baixos?). Em, segundo lugar, utiliza abusivamente o número de quem entregou objectivos como confirmação das suas políticas: como sabemos muitos/as dos/as que entregaram os objectivos fizeram sob pressão e sob protesto mas continuam a não concordar com este modelo de avaliação.
"A reforma está ganha", insiste Maria de Lurdes Rodrigues no seu habitual tom agastado. Insiste como quem pretenderia dizer aos professores/as que já não vale a pena sair à rua no próximo sábado, que aconteça o que acontecer serão avaliados/as como ela dita. A voz parece firme mas sente-se que a política treme. Afinal quantas vezes já repetiu o número? E de simplex em simplex, as certezas arrogantes foram trocadas por remendos arrogantes. Quem sabe que mais estará disposta a mudar da sua "reforma ganha"?
"A reforma está ganha!" Maria de Lurdes Rodrigues já cansa e apetece interpelá-la, depois das recusas massivas de aplicar o "seu" modelo de avaliação, depois de remendos e alterações, afinal de que vitória fala?
E só aí a Ministra começa a esclarecer-nos quando acrescenta: "a ausência total de princípios mínimos de competição era muito negativa para as escolas". Sim, a sua vitória mede-se pela capacidade de sobrepor nas escolas o carreirismo individualista e o espírito competitivo aos laços de partilha, de solidariedade e de entre-ajuda. A sua vitória mede-se na cultura de aparência de rigor que consiste em preocupar-se mais em fazer portefólios e em mostrar eficácia ao avaliador do que em ensinar. A sua vitória mede-se pelo número de pequenos chefes que se instalarem nas escolas prontos a mandar para baixo e a obedecer para cima. A sua vitória mede-se pelo grau de empresarialização da Escola Pública.
E afinal só aqui percebemos que Maria de Lurdes não canta vitória apenas como aquele ministro da informação do Iraque que estava a ganhar a guerra com os EUA enquanto os tanques entravam em Bagdad... Porque o essencial não foi nunca o camaleónico modelo de avaliação e as suas grelhas que podiam ser assim ou "assadas". MLR sentirá que ganhou enquanto houver directores nas escolas, enquanto houver diferentes categorias de professores/as, enquanto houver quotas no acesso aos escalões superiores da profissão. Ganhar é partir os/as professores/as, vencer simbolicamente a resistência e poupar uns trocos pelo caminho. Ganhar é burocratizar na cabeça de quem só a burocracia traz ganhos.
E no próximo sábado é tempo de dizer que esta reforma não está ganha. De reformar a ministra. E de voltar a ganhar a escola pública.
Artigo de Carlos Carujo em Esquerda.net
A Ministra da Educação utiliza os/as 80 mil que teriam entregue os objectivos individuais de avaliação para sancionar a sua política. Com isto, em primeiro lugar, desce a fasquia: afinal o número de professores/as e educadores/as que fizeram greve e que se manifestaram é claramente superior ao número dos que cumpriram um passo do processo de avaliação que a Ministra jurava ser obrigatório e que acarretaria as piores consequências para os infractores; afinal cerca de 50 mil, 38% dos professores/as, arriscaram a sua progressão na carreira ao desafiar directamente a prepotência do Ministério resistindo às ameaças (então senhora Ministra, os seus objectivos individuais neste item eram assim tão baixos?). Em, segundo lugar, utiliza abusivamente o número de quem entregou objectivos como confirmação das suas políticas: como sabemos muitos/as dos/as que entregaram os objectivos fizeram sob pressão e sob protesto mas continuam a não concordar com este modelo de avaliação.
"A reforma está ganha", insiste Maria de Lurdes Rodrigues no seu habitual tom agastado. Insiste como quem pretenderia dizer aos professores/as que já não vale a pena sair à rua no próximo sábado, que aconteça o que acontecer serão avaliados/as como ela dita. A voz parece firme mas sente-se que a política treme. Afinal quantas vezes já repetiu o número? E de simplex em simplex, as certezas arrogantes foram trocadas por remendos arrogantes. Quem sabe que mais estará disposta a mudar da sua "reforma ganha"?
"A reforma está ganha!" Maria de Lurdes Rodrigues já cansa e apetece interpelá-la, depois das recusas massivas de aplicar o "seu" modelo de avaliação, depois de remendos e alterações, afinal de que vitória fala?
E só aí a Ministra começa a esclarecer-nos quando acrescenta: "a ausência total de princípios mínimos de competição era muito negativa para as escolas". Sim, a sua vitória mede-se pela capacidade de sobrepor nas escolas o carreirismo individualista e o espírito competitivo aos laços de partilha, de solidariedade e de entre-ajuda. A sua vitória mede-se na cultura de aparência de rigor que consiste em preocupar-se mais em fazer portefólios e em mostrar eficácia ao avaliador do que em ensinar. A sua vitória mede-se pelo número de pequenos chefes que se instalarem nas escolas prontos a mandar para baixo e a obedecer para cima. A sua vitória mede-se pelo grau de empresarialização da Escola Pública.
E afinal só aqui percebemos que Maria de Lurdes não canta vitória apenas como aquele ministro da informação do Iraque que estava a ganhar a guerra com os EUA enquanto os tanques entravam em Bagdad... Porque o essencial não foi nunca o camaleónico modelo de avaliação e as suas grelhas que podiam ser assim ou "assadas". MLR sentirá que ganhou enquanto houver directores nas escolas, enquanto houver diferentes categorias de professores/as, enquanto houver quotas no acesso aos escalões superiores da profissão. Ganhar é partir os/as professores/as, vencer simbolicamente a resistência e poupar uns trocos pelo caminho. Ganhar é burocratizar na cabeça de quem só a burocracia traz ganhos.
E no próximo sábado é tempo de dizer que esta reforma não está ganha. De reformar a ministra. E de voltar a ganhar a escola pública.
Artigo de Carlos Carujo em Esquerda.net
Razões simples para um apelo necessário
Alguns de nós podem achar que sabe a pouco. Outros que foi precipitado. Outros ainda que estão cansados. Muitos mais ainda os que discordam desta ou daquela escolha. Mas todos sabemos que nos vamos encontrar no Sábado.
É a diferença que nos enriquece, é o debate e a polémica que nos fazem crescer, e são eles que nos podem a qualquer momento fazer mais fortes. Agora é o momento. É disso que este governo tem medo e é disso que a escola precisa. Em boa hora.A manifestação é contigo e com todos/as!
Listagem actualizada (com links) dos subscritores do apelo "Encontramo-nos ao Sábado":
1) Este governo desfigurou a escola pública. O modelo de avaliação docente que tentou implementar é uma fraude que só prejudica alunos, pais e professores. Partir a carreira docente em duas, de uma forma arbitrária e injusta, só teve uma motivação economicista, e promove o individualismo em vez do trabalho em equipa. A imposição dos directores burocratiza o ensino e diminui a democracia. Em nome da pacificação das escolas e de um ensino de qualidade, é urgente revogar estas medidas.
2) Os professores e as professoras já mostraram que recusam estas políticas. 8 de Março, 8 de Novembro, 15 de Novembro, duas greves massivas, são momentos que não se esquecem e que despertaram o país. Os professores e as professoras deixaram bem claro que não se deixam intimidar e que não sacrificam a qualidade da escola pública.
3) Num momento de eleições, em que se debatem as escolhas para o país e para a Europa, em que todos devem assumir os seus compromissos, os professores têm uma palavra a dizer. O governo quis cantar vitória mas é a educação que está a perder. Os professores e as professoras não aceitam a arrogância e não desistem desta luta: sair à rua em força é arriscar um futuro diferente. Sair à rua, todos juntos outra vez, é o que teme o governo e é do que a escola pública precisa. Por isso, encontramo-nos no próximo sábado.
Os blogues: A Educação do Meu Umbigo (Paulo Guinote), ProfAvaliação (Ramiro Marques), Correntes (Paulo Prudêncio), (Re)Flexões (Francisco Santos), Educação SA (Reitor), O Estado da Educação (Mário Carneiro), Professores Lusos (Ricardo M.), Outròólhar (Miguel Pinto), Pérola de Cultura (Helena Feliciano), O Cartel (Brit.com, Advogado do Diabo), Escola do Presente (Safira), Anabela Magalhães, Bilros & Berloques, Sinistra Ministra, Revisitar a Educação (Fátima André), Sexo Grátis, Tempo de Teia, O Vento que Passa, Bioterra, Catarse, Mais3KD , Fénix Vermelha , Terras Altas, pé-ante-pé , Olhares, Olhai os lírios dos Campos ,
Equilíbrios, Inducação, Interregnos para Desabafos, Luta Social, Primeiro Fax, Topo da Carreira
Os movimentos: APEDE (Associação de Professores em Defesa do Ensino), MUP (Movimento Mobilização e Unidade dos Professores), PROmova (Movimento de Valorização dos Professores), MEP (Movimento Escola Pública), CDEP (Comissão em Defesa da Escola Pública)
É a diferença que nos enriquece, é o debate e a polémica que nos fazem crescer, e são eles que nos podem a qualquer momento fazer mais fortes. Agora é o momento. É disso que este governo tem medo e é disso que a escola precisa. Em boa hora.A manifestação é contigo e com todos/as!
Listagem actualizada (com links) dos subscritores do apelo "Encontramo-nos ao Sábado":
1) Este governo desfigurou a escola pública. O modelo de avaliação docente que tentou implementar é uma fraude que só prejudica alunos, pais e professores. Partir a carreira docente em duas, de uma forma arbitrária e injusta, só teve uma motivação economicista, e promove o individualismo em vez do trabalho em equipa. A imposição dos directores burocratiza o ensino e diminui a democracia. Em nome da pacificação das escolas e de um ensino de qualidade, é urgente revogar estas medidas.
2) Os professores e as professoras já mostraram que recusam estas políticas. 8 de Março, 8 de Novembro, 15 de Novembro, duas greves massivas, são momentos que não se esquecem e que despertaram o país. Os professores e as professoras deixaram bem claro que não se deixam intimidar e que não sacrificam a qualidade da escola pública.
3) Num momento de eleições, em que se debatem as escolhas para o país e para a Europa, em que todos devem assumir os seus compromissos, os professores têm uma palavra a dizer. O governo quis cantar vitória mas é a educação que está a perder. Os professores e as professoras não aceitam a arrogância e não desistem desta luta: sair à rua em força é arriscar um futuro diferente. Sair à rua, todos juntos outra vez, é o que teme o governo e é do que a escola pública precisa. Por isso, encontramo-nos no próximo sábado.
Os blogues: A Educação do Meu Umbigo (Paulo Guinote), ProfAvaliação (Ramiro Marques), Correntes (Paulo Prudêncio), (Re)Flexões (Francisco Santos), Educação SA (Reitor), O Estado da Educação (Mário Carneiro), Professores Lusos (Ricardo M.), Outròólhar (Miguel Pinto), Pérola de Cultura (Helena Feliciano), O Cartel (Brit.com, Advogado do Diabo), Escola do Presente (Safira), Anabela Magalhães, Bilros & Berloques, Sinistra Ministra, Revisitar a Educação (Fátima André), Sexo Grátis, Tempo de Teia, O Vento que Passa, Bioterra, Catarse, Mais3KD , Fénix Vermelha , Terras Altas, pé-ante-pé , Olhares, Olhai os lírios dos Campos ,
Equilíbrios, Inducação, Interregnos para Desabafos, Luta Social, Primeiro Fax, Topo da Carreira
Os movimentos: APEDE (Associação de Professores em Defesa do Ensino), MUP (Movimento Mobilização e Unidade dos Professores), PROmova (Movimento de Valorização dos Professores), MEP (Movimento Escola Pública), CDEP (Comissão em Defesa da Escola Pública)
quarta-feira, 27 de maio de 2009
Mais uma razão para nos encontrarmos no Sábado
Esta semana ocorreu uma morte trágica que trará consequências nefastas no futuro próximo.
No final desta semana será o enterro do sistema democrático escolar.
Com a nomeação dos directores pelas escolas do país, estão ditadas as exéquias do sistema democrático de eleição do órgão executivo da escola.
Tremendamente enlutado e angustiado, assisti à concretização das profecias que sempre fiz acerca do actual modelo de escolha do órgão executivo: manipulação, pressão, coacção, manobras nos bastidores, sobre os membros do conselho geral, numa escola secundária da região norte, para influenciar o seu voto. Como são poucos comparado com o universo de eleitores no sistema antigo, são muito mais permeáveis à pressão e manipulação. A maioria dos membros (mais de metade) são externos à instituição escolar, desconhecendo em absoluto o seu funcionamento pedagógico e burocrático; votam em função de critérios de carácter pessoal e/ou politico-partidário.
A direcção regional promulga os resultados em 24h…!
Apenas 21 pessoas determinam o modelo de gestão de uma escola; todos os outros membros da comunidade educativa são desprezáveis, tornando-se meros funcionários.
Fica definitivamente confirmado que a história repete-se: regressou-se a um modelo que existiu há mais de 35 anos… O túnel está escuro e pressinto que vai demorar muito tempo até ver luz no seu fundo…
No final desta semana será o enterro do sistema democrático escolar.
Com a nomeação dos directores pelas escolas do país, estão ditadas as exéquias do sistema democrático de eleição do órgão executivo da escola.
Tremendamente enlutado e angustiado, assisti à concretização das profecias que sempre fiz acerca do actual modelo de escolha do órgão executivo: manipulação, pressão, coacção, manobras nos bastidores, sobre os membros do conselho geral, numa escola secundária da região norte, para influenciar o seu voto. Como são poucos comparado com o universo de eleitores no sistema antigo, são muito mais permeáveis à pressão e manipulação. A maioria dos membros (mais de metade) são externos à instituição escolar, desconhecendo em absoluto o seu funcionamento pedagógico e burocrático; votam em função de critérios de carácter pessoal e/ou politico-partidário.
A direcção regional promulga os resultados em 24h…!
Apenas 21 pessoas determinam o modelo de gestão de uma escola; todos os outros membros da comunidade educativa são desprezáveis, tornando-se meros funcionários.
Fica definitivamente confirmado que a história repete-se: regressou-se a um modelo que existiu há mais de 35 anos… O túnel está escuro e pressinto que vai demorar muito tempo até ver luz no seu fundo…
Blogues e movimentos independentes apelam à participação na manifestação de sábado
Notícia do Público Online:
Os principais blogues e movimentos de professores fazem apelo conjunto à participação na manifestação convocada para sábado, em Lisboa.
Nos últimos tempos, as divergências sobre os objectivos e métodos da contestação docente têm sobressaído nos blogues de professores, mas a três dias da última manifestação do ano lectivo tanto a blogosfera como os movimentos independentes decidiram avançar para um apelo inédito: "Sair à rua, todos juntos outra vez, é o que teme o Governo e é do que a escola pública precisa. Por isso encontramo-nos no próximo sábado".
No apelo recorda-se as três manifestações e as duas greves realizadas desde o ano passado."São momentos que não se esquecem e que despertaram o país. Os professores deixaram bem claro que não se deixam intimidar e que não sacrificam a qualidade da escola pública".
A situação é assim descrita: “Este governo desfigurou a escola pública”. Três momentos: "O modelo de avaliação docente é uma fraude que só prejudica alunos, pais e professores”; "partir a carreira docente em duas, de uma forma arbitrária e injusta, só teve uma motivação economicista e promove o individualismo”; “a imposição dos directores burocratiza o ensino”.
“É a educação que está a perder", frisam os subscritores, recordando que este é um momento em que se “debatem as escolhas para o país e para a Europa” e que os “professores têm uma palavra a dizer”.“Sair à rua em força é arriscar um futuro diferente”.
O apelo é subscrito pelos blogues A Educação do Meu Umbigo, ProfAvaliação, Correntes, (Re)Flexões, Educação SA, O Estado da Educação, Professores Lusos, Outòólhar e O Cartel. E pelos movimentos APEDE (Associação de Professores em Defesa do Ensino), MUP (Movimento Mobilização e Unidade dos Professores), PROmova (Movimento de Valorização dos Professores), MEP (Movimento Escola Pública) e CDEP (Comissão em Defesa da Escola Pública)
Nota: Os subscritores vão sendo mais, basta ver no post abaixo
Os principais blogues e movimentos de professores fazem apelo conjunto à participação na manifestação convocada para sábado, em Lisboa.
Nos últimos tempos, as divergências sobre os objectivos e métodos da contestação docente têm sobressaído nos blogues de professores, mas a três dias da última manifestação do ano lectivo tanto a blogosfera como os movimentos independentes decidiram avançar para um apelo inédito: "Sair à rua, todos juntos outra vez, é o que teme o Governo e é do que a escola pública precisa. Por isso encontramo-nos no próximo sábado".
No apelo recorda-se as três manifestações e as duas greves realizadas desde o ano passado."São momentos que não se esquecem e que despertaram o país. Os professores deixaram bem claro que não se deixam intimidar e que não sacrificam a qualidade da escola pública".
A situação é assim descrita: “Este governo desfigurou a escola pública”. Três momentos: "O modelo de avaliação docente é uma fraude que só prejudica alunos, pais e professores”; "partir a carreira docente em duas, de uma forma arbitrária e injusta, só teve uma motivação economicista e promove o individualismo”; “a imposição dos directores burocratiza o ensino”.
“É a educação que está a perder", frisam os subscritores, recordando que este é um momento em que se “debatem as escolhas para o país e para a Europa” e que os “professores têm uma palavra a dizer”.“Sair à rua em força é arriscar um futuro diferente”.
O apelo é subscrito pelos blogues A Educação do Meu Umbigo, ProfAvaliação, Correntes, (Re)Flexões, Educação SA, O Estado da Educação, Professores Lusos, Outòólhar e O Cartel. E pelos movimentos APEDE (Associação de Professores em Defesa do Ensino), MUP (Movimento Mobilização e Unidade dos Professores), PROmova (Movimento de Valorização dos Professores), MEP (Movimento Escola Pública) e CDEP (Comissão em Defesa da Escola Pública)
Nota: Os subscritores vão sendo mais, basta ver no post abaixo
terça-feira, 26 de maio de 2009
Encontramo-nos Sábado
1) Este governo desfigurou a escola pública. O modelo de avaliação docente que tentou implementar é uma fraude que só prejudica alunos, pais e professores. Partir a carreira docente em duas, de uma forma arbitrária e injusta, só teve uma motivação economicista, e promove o individualismo em vez do trabalho em equipa. A imposição dos directores burocratiza o ensino e diminui a democracia. Em nome da pacificação das escolas e de um ensino de qualidade, é urgente revogar estas medidas.
2) Os professores e as professoras já mostraram que recusam estas políticas. 8 de Março, 8 de Novembro, 15 de Novembro, duas greves massivas, são momentos que não se esquecem e que despertaram o país. Os professores e as professoras deixaram bem claro que não se deixam intimidar e que não sacrificam a qualidade da escola pública.
3) Num momento de eleições, em que se debatem as escolhas para o país e para a Europa, em que todos devem assumir os seus compromissos, os professores têm uma palavra a dizer. O governo quis cantar vitória mas é a educação que está a perder. Os professores e as professoras não aceitam a arrogância e não desistem desta luta: sair à rua em força é arriscar um futuro diferente. Sair à rua, todos juntos outra vez, é o que teme o governo e é do que a escola pública precisa. Por isso, encontramo-nos no próximo sábado.
Subscrevem:
Os blogues: A Educação do Meu Umbigo (Paulo Guinote), ProfAvaliação (Ramiro Marques), Correntes (Paulo Prudêncio), (Re)Flexões (Francisco Santos), Educação SA (Reitor), O Estado da Educação (Mário Carneiro), Professores Lusos (Ricardo M.), Outròólhar (Miguel Pinto), Pérola de Cultura (Helena Feliciano), O Cartel (Brit.com, Advogado do Diabo), Escola do Presente (Safira), Anabela Magalhães, Bilros & Berloques, Sinistra Ministra, Revisitar a Educação (Fátima André), Sexo Grátis, Tempo de Teia, O Vento que Passa, Bioterra, Catarse, Mais3KD, Fénix Vermelha, Terras Altas, pé-ante-pé, Olhares, Olhai os lírios dos Campos, Equilíbrios, Inducação, Interregnos para Desabafos, Luta Social, Primeiro Fax, Topo da Carreira
Os movimentos: APEDE (Associação de Professores em Defesa do Ensino), MUP (Movimento Mobilização e Unidade dos Professores), PROmova (Movimento de Valorização dos Professores), MEP (Movimento Escola Pública), CDEP (Comissão em Defesa da Escola Pública)
2) Os professores e as professoras já mostraram que recusam estas políticas. 8 de Março, 8 de Novembro, 15 de Novembro, duas greves massivas, são momentos que não se esquecem e que despertaram o país. Os professores e as professoras deixaram bem claro que não se deixam intimidar e que não sacrificam a qualidade da escola pública.
3) Num momento de eleições, em que se debatem as escolhas para o país e para a Europa, em que todos devem assumir os seus compromissos, os professores têm uma palavra a dizer. O governo quis cantar vitória mas é a educação que está a perder. Os professores e as professoras não aceitam a arrogância e não desistem desta luta: sair à rua em força é arriscar um futuro diferente. Sair à rua, todos juntos outra vez, é o que teme o governo e é do que a escola pública precisa. Por isso, encontramo-nos no próximo sábado.
Subscrevem:
Os blogues: A Educação do Meu Umbigo (Paulo Guinote), ProfAvaliação (Ramiro Marques), Correntes (Paulo Prudêncio), (Re)Flexões (Francisco Santos), Educação SA (Reitor), O Estado da Educação (Mário Carneiro), Professores Lusos (Ricardo M.), Outròólhar (Miguel Pinto), Pérola de Cultura (Helena Feliciano), O Cartel (Brit.com, Advogado do Diabo), Escola do Presente (Safira), Anabela Magalhães, Bilros & Berloques, Sinistra Ministra, Revisitar a Educação (Fátima André), Sexo Grátis, Tempo de Teia, O Vento que Passa, Bioterra, Catarse, Mais3KD, Fénix Vermelha, Terras Altas, pé-ante-pé, Olhares, Olhai os lírios dos Campos, Equilíbrios, Inducação, Interregnos para Desabafos, Luta Social, Primeiro Fax, Topo da Carreira
Os movimentos: APEDE (Associação de Professores em Defesa do Ensino), MUP (Movimento Mobilização e Unidade dos Professores), PROmova (Movimento de Valorização dos Professores), MEP (Movimento Escola Pública), CDEP (Comissão em Defesa da Escola Pública)
Polícia impede professores de entregarem moção a Sócrates
(foto de Nuno Cardoso, no flickr)
Um grupo de professores foi hoje afastado pela PSP do local onde pretendia entregar uma moção a José Sócrates, minutos antes da chegada do primeiro-ministro para visitar, em Coimbra, as obras de uma rede de fibra óptica.
Afastados cerca de 50 metros do local da visita, os elementos da Plataforma Sindical dos Professores e da União de Sindicatos de Coimbra acabaram por se manifestar em silêncio, mostrando uma faixa negra, à passagem da comitiva governamental.
“É uma vergonha que a polícia portuguesa esteja a ser utilizada desta forma, seja instrumentalizada para impedir que os portugueses manifestem as suas opiniões livremente”, disse Luís Lobo, dirigente da Plataforma, dirigindo-se a um graduado da PSP.
Já Mário Nogueira, porta-voz da Plataforma Sindical dos Professores, usou de ironia para descrever a actuação da PSP.
“Deve ser porque os senhores guardas acharam que estávamos a apanhar muito sol e podíamos constipar-nos”, alegou.
A moção, aprovada hoje na escola EB2.3 Alice Gouveia pelos professores que fizeram uma paralisação nos dois primeiros tempos da manhã, acabou por não ser entregue ao primeiro-ministro.
Notícia daqui
Afastados cerca de 50 metros do local da visita, os elementos da Plataforma Sindical dos Professores e da União de Sindicatos de Coimbra acabaram por se manifestar em silêncio, mostrando uma faixa negra, à passagem da comitiva governamental.
“É uma vergonha que a polícia portuguesa esteja a ser utilizada desta forma, seja instrumentalizada para impedir que os portugueses manifestem as suas opiniões livremente”, disse Luís Lobo, dirigente da Plataforma, dirigindo-se a um graduado da PSP.
Já Mário Nogueira, porta-voz da Plataforma Sindical dos Professores, usou de ironia para descrever a actuação da PSP.
“Deve ser porque os senhores guardas acharam que estávamos a apanhar muito sol e podíamos constipar-nos”, alegou.
A moção, aprovada hoje na escola EB2.3 Alice Gouveia pelos professores que fizeram uma paralisação nos dois primeiros tempos da manhã, acabou por não ser entregue ao primeiro-ministro.
Notícia daqui
Sábado é que conta!
(foto do blogue escola revisitada)
O porta-voz da Plataforma Sindical dos Professores, Mário Nogueira, disse hoje esperar "uma grande manifestação" no sábado em Lisboa, considerando que "há razões fortíssimas" para o protesto.
"Esperamos uma grande manifestação ou não a teríamos convocado para o Marquês de Pombal, para descer até aos Restauradores. Serão dezenas de milhares de professores. Há inúmeros autocarros" já já organizados para transportar os professores até Lisboa, disse Mário Nogueira aos jornalistas.
Mário Nogueira falava à porta da EB2.3 Alice Gouveia, onde acompanhou a acção de luta dos professores, que hoje fizeram uma paralisação nos dois primeiros tempos da manhã.
Segundo o porta-voz da Plataforma Sindical dos Professores, os sindicalistas tencionam entregar a moção aprovada hoje nesta escola de Coimbra ao primeiro-ministro, José Sócrates, que se desloca de manhã à cidade.
"Há razões fortíssimas para que nos manifestemos", sustentou, admitindo algum cansaço por parte dos professores, mas reforçando também a convicção de que "não é agora que se desiste".
Salientando alguns dos "ganhos" obtidos com a contestação, Mário Nogueira referiu que "o que está neste momento a acontecer é que os professores, apesar do desgaste, apesar de algum cansaço por uma luta contínua, sabem que é preciso ir com ela até ao fim".
Segundo o dirigente sindical, "estão em causa dois aspectos fundamentais: por um lado, um aspecto mais político: termina a legislatura e os professores vão deixar claro aquilo que pensam das políticas que foram desenvolvidas e que tanto atacaram as escolas".
Por outro lado, em fase de eleições, os professores têm de apresentarem as suas exigências aos partidos políticos e conseguir, da parte destes, saber exactamente que compromissos assumem para o futuro, não apenas com os professores, mas também com a qualidade da educação.
O secretário-geral da Fenprof lembrou também que há processos negociais em curso "muito importantes", relativos à revisão do Estatuto da Carreira Docente, do modelo de avaliação e à negociação sobre as regras de elaboração de horários dos professores para os próximos anos.
Segundo Mário Nogueira, a sua presença na EB 2.3 Alice Gouveia deve-se ao facto de se tratar de "uma escola-símbolo" da luta dos professores, a primeira onde os docentes decidiram usar luto durante uma visita da ministra da Educação.
"Esta escola é uma escola-símbolo onde começaram algumas manobras persecutórias de professores por protestarem, mas, fundamentalmente, é uma escola que continua envolvida na luta", salientou ainda, adiantando que foi total a paralisação hoje nos primeiros tempos no estabelecimento no âmbito da jornada de protesto, luta e luto.
(notícia da Agência Lusa)
"Esperamos uma grande manifestação ou não a teríamos convocado para o Marquês de Pombal, para descer até aos Restauradores. Serão dezenas de milhares de professores. Há inúmeros autocarros" já já organizados para transportar os professores até Lisboa, disse Mário Nogueira aos jornalistas.
Mário Nogueira falava à porta da EB2.3 Alice Gouveia, onde acompanhou a acção de luta dos professores, que hoje fizeram uma paralisação nos dois primeiros tempos da manhã.
Segundo o porta-voz da Plataforma Sindical dos Professores, os sindicalistas tencionam entregar a moção aprovada hoje nesta escola de Coimbra ao primeiro-ministro, José Sócrates, que se desloca de manhã à cidade.
"Há razões fortíssimas para que nos manifestemos", sustentou, admitindo algum cansaço por parte dos professores, mas reforçando também a convicção de que "não é agora que se desiste".
Salientando alguns dos "ganhos" obtidos com a contestação, Mário Nogueira referiu que "o que está neste momento a acontecer é que os professores, apesar do desgaste, apesar de algum cansaço por uma luta contínua, sabem que é preciso ir com ela até ao fim".
Segundo o dirigente sindical, "estão em causa dois aspectos fundamentais: por um lado, um aspecto mais político: termina a legislatura e os professores vão deixar claro aquilo que pensam das políticas que foram desenvolvidas e que tanto atacaram as escolas".
Por outro lado, em fase de eleições, os professores têm de apresentarem as suas exigências aos partidos políticos e conseguir, da parte destes, saber exactamente que compromissos assumem para o futuro, não apenas com os professores, mas também com a qualidade da educação.
O secretário-geral da Fenprof lembrou também que há processos negociais em curso "muito importantes", relativos à revisão do Estatuto da Carreira Docente, do modelo de avaliação e à negociação sobre as regras de elaboração de horários dos professores para os próximos anos.
Segundo Mário Nogueira, a sua presença na EB 2.3 Alice Gouveia deve-se ao facto de se tratar de "uma escola-símbolo" da luta dos professores, a primeira onde os docentes decidiram usar luto durante uma visita da ministra da Educação.
"Esta escola é uma escola-símbolo onde começaram algumas manobras persecutórias de professores por protestarem, mas, fundamentalmente, é uma escola que continua envolvida na luta", salientou ainda, adiantando que foi total a paralisação hoje nos primeiros tempos no estabelecimento no âmbito da jornada de protesto, luta e luto.
(notícia da Agência Lusa)
segunda-feira, 25 de maio de 2009
Terça-feira greve entre as 8h e as 10h30
Não é uma forma de luta que entusiasme
Compreendemos que as negociações na Plataforma Sindical às vezes obriguem a cedências e daí que tenha saído isto da cartola.
Não deixamos de apelar à participação de todos os professores nesta pequena greve (vê aqui o pré-aviso). Mas sempre na certeza de que....
Sábado é que conta!
Compreendemos que as negociações na Plataforma Sindical às vezes obriguem a cedências e daí que tenha saído isto da cartola.
Não deixamos de apelar à participação de todos os professores nesta pequena greve (vê aqui o pré-aviso). Mas sempre na certeza de que....
Sábado é que conta!
Calções, curtos, alsas e mini-saias...
Recordo, com nostalgia, a minha bata branca da escola primária. A verdade é que tendo feito a escola primária num país africano, dava imenso jeito ter apenas uma bata para vestir e não ter nunca que pensar que roupa ia levar. Não senti que tal uniforme afectasse a construção da minha identidade, mas também não defendo o uniforme com o argumento de que o seu uso corrente nas escolas públicas tornaria todos iguais. Não é, nem será nunca uma bata branca ou qualquer uniforme que nos torna iguais, tal igualdade é apenas uma aparência. De facto os materiais que se guardam na mochila, os pequenos adereços, o modo de chegar à escola, a quantidade de dinheiro que se leva na carteira; são alguns dos muitos aspectos que poderia referir para evidenciar que há muitas formas de distinguir uma classe socioeconómica de pertença de uma criança/adolescente. A roupa que se leva para a escola, não me é, contudo, indiferente, mas temos que analisar a questão tanto do ponto de vista do ofício do professor como do ofício do aluno, uma vez que do ponto de vista social se trata do mesmo lugar para ambos.
Sabemos todos que a roupa é uma forma de expressão e comunicação, e não só da identidade que cada um quer revelar, como de rituais sociais que marcam lugares e modos sociais de ser e de estar. O uso criterioso de certos adereços, como uma gravata, a ida ao cabeleireiro em dias determinados, as pinturas no rosto,… são sinais de uma sociedade que sempre se construiu sob alguns rituais. E a socialização passa largamente pela interpretação desses sinais do que nos rodeia, pela capacidade de se situar face aos demais, de perceber o que é adequado e não é, em cada contexto. E, é verdade que como em tudo o que é social, há marcas de manutenção desses rituais e marcas de mudança desses padrões, caso contrário as mulheres ainda usariam espartilhos e não poderiam mostrar o tornozelo. A verdade é que sempre se calçou chinelos para ir à praia, mas só muito recentemente os miúdos os levam para a escola. É bom, é mau? Deve a escola regular o uso do vestuário das crianças e jovens? Poderá essa regulação constituir uma ameaça à liberdade individual de cada um? Poderá afectar a expressão da identidade do que cada um é e quer ser?
Conheci este tema antes de ser motivo de notícia, pela repreensão informal que foi feita a uma criança dos meus círculos familiares. De facto, num dia de mais calor ela andava de t-shirt na escola, tendo uma professora achado que tal indumentária não se adequava ao mês de Março, e fez-lhe um comentário desagradável que basicamente a acusava (a ela e às outras) de só se querer exibir. Ora todos sabemos que a adolescência parece ser acompanhada de um certo aumento da temperatura do corpo, não sei se isto é uma verdade científica, mas sei que os miúdos entre os 12 e os 18 parecem ter consideravelmente menos frio que os adultos e estão sempre prontos para não levar com eles os casacos.
Fiquei depois a saber que o uso de alças, saias curtas e calções se encontrava proibido no regulamento interno dessa escola (não foi a que foi alvo da notícia), mas como dizia a dita miúda: ninguém ligava. Compreendo os professores, até porque já fui confrontada com situações complexas do ponto de vista do vestuário, nomeadamente em situações de estágio, em que a idade dos alunos era outra e recomendava, portanto, outra consciência face ao uso da indumentária. Compreendo que ter miúdos de chinelos e calções na sala de aula nos dê a imagem de que ir para a praia e ir para a escola é, para eles, uma e a mesma coisa. Num crescente dessacralizar da escola como instituição social tudo nos parece ser mais uma coisa que pode ser entendida como um contributo para tal e a tentação de estabelecer limites é grande. E penso que sim, que deve haver limites, aliás as calças de cintura descaída e o uso precoce de pinturas no rosto são questões que têm sido alvo de algum proibicionismo, mesmo em países que se reclamam muito ciosos da liberdade individual, tal como nos Estados Unidos. Mas o modo como a regra se constrói é muito importante. E deve ser em diálogo com as crianças e os jovens que tal se faz, explicando nomeadamente que a roupa deve ser adaptada ao contexto em que estamos. Ensiná-los a compreender as regras sociais é uma tarefa básica da socialização, mas se tais regras forem excessivamente restritivas, depressa se tornaram tão absurdas como se tornaram os espartilhos. Convém pois usar o bom senso, o diálogo com os jovens e a construção com eles das regras que dizem respeito ao uso do vestuário, acentuando as diferenças que existem entre a escola e os outros locais, nomeadamente os de lazer. Dito isto parece-me um exagero proibir as alças quando sabemos que em Portugal pode fazer muito calor em Maio e Junho. Dito isto é preciso também dizer que o que se proíbe às crianças deve ser também interdito aos adultos e que por isso convém perceber com cuidado o que se acha bem e mal.
E sobretudo, que isto não se faça acentuando um lado pudico e moralista, como se fosse a pele exposta o motivo da indignação. Mais grave ainda, que não se atribua aos miúdos suspeitas de um exibicionismo sensual, como se a sua intenção fosse apenas a sedução. É caso para dizer que tais atribuições estão muitas vezes na cabeça de quem as faz e que os jovens têm uma naturalidade no modo como usam os calções e as mini saias que salvo raras excepções, não têm tal intenção de sedução. Uma sociedade proibicionista nunca é construtiva da própria liberdade, ela não ajuda os indivíduos a compreender a regra, só os ensina que serão sancionados se não as cumprirem. Não sei, portanto se há sequer necessidade de contemplar nos regulamentos de escola regras relativas ao vestuário, tendo mais a pensar que caso se veja necessidade se pode falar com as crianças e jovens sobre este assunto, usando, por exemplo, a aula de Formação Cívica, a direcção de turma, ou se considerado um problema mais grave e claramente identificado, um tutor.
A verdade é que a moda é nisto um factor de influência importante e que qualquer adolescente nos últimos anos dificilmente conseguiria comprar umas calças sem cintura descaída. Convém pois que as críticas sejam ponderadas face também a essas circunstâncias, pois se a escola não é um lugar qualquer, também não poderá ser um lugar indiferente ao mundo e fechado sobre si próprio.
23 de Maio 2008
Artigo de Clara Cibele, em escola.info
Sabemos todos que a roupa é uma forma de expressão e comunicação, e não só da identidade que cada um quer revelar, como de rituais sociais que marcam lugares e modos sociais de ser e de estar. O uso criterioso de certos adereços, como uma gravata, a ida ao cabeleireiro em dias determinados, as pinturas no rosto,… são sinais de uma sociedade que sempre se construiu sob alguns rituais. E a socialização passa largamente pela interpretação desses sinais do que nos rodeia, pela capacidade de se situar face aos demais, de perceber o que é adequado e não é, em cada contexto. E, é verdade que como em tudo o que é social, há marcas de manutenção desses rituais e marcas de mudança desses padrões, caso contrário as mulheres ainda usariam espartilhos e não poderiam mostrar o tornozelo. A verdade é que sempre se calçou chinelos para ir à praia, mas só muito recentemente os miúdos os levam para a escola. É bom, é mau? Deve a escola regular o uso do vestuário das crianças e jovens? Poderá essa regulação constituir uma ameaça à liberdade individual de cada um? Poderá afectar a expressão da identidade do que cada um é e quer ser?
Conheci este tema antes de ser motivo de notícia, pela repreensão informal que foi feita a uma criança dos meus círculos familiares. De facto, num dia de mais calor ela andava de t-shirt na escola, tendo uma professora achado que tal indumentária não se adequava ao mês de Março, e fez-lhe um comentário desagradável que basicamente a acusava (a ela e às outras) de só se querer exibir. Ora todos sabemos que a adolescência parece ser acompanhada de um certo aumento da temperatura do corpo, não sei se isto é uma verdade científica, mas sei que os miúdos entre os 12 e os 18 parecem ter consideravelmente menos frio que os adultos e estão sempre prontos para não levar com eles os casacos.
Fiquei depois a saber que o uso de alças, saias curtas e calções se encontrava proibido no regulamento interno dessa escola (não foi a que foi alvo da notícia), mas como dizia a dita miúda: ninguém ligava. Compreendo os professores, até porque já fui confrontada com situações complexas do ponto de vista do vestuário, nomeadamente em situações de estágio, em que a idade dos alunos era outra e recomendava, portanto, outra consciência face ao uso da indumentária. Compreendo que ter miúdos de chinelos e calções na sala de aula nos dê a imagem de que ir para a praia e ir para a escola é, para eles, uma e a mesma coisa. Num crescente dessacralizar da escola como instituição social tudo nos parece ser mais uma coisa que pode ser entendida como um contributo para tal e a tentação de estabelecer limites é grande. E penso que sim, que deve haver limites, aliás as calças de cintura descaída e o uso precoce de pinturas no rosto são questões que têm sido alvo de algum proibicionismo, mesmo em países que se reclamam muito ciosos da liberdade individual, tal como nos Estados Unidos. Mas o modo como a regra se constrói é muito importante. E deve ser em diálogo com as crianças e os jovens que tal se faz, explicando nomeadamente que a roupa deve ser adaptada ao contexto em que estamos. Ensiná-los a compreender as regras sociais é uma tarefa básica da socialização, mas se tais regras forem excessivamente restritivas, depressa se tornaram tão absurdas como se tornaram os espartilhos. Convém pois usar o bom senso, o diálogo com os jovens e a construção com eles das regras que dizem respeito ao uso do vestuário, acentuando as diferenças que existem entre a escola e os outros locais, nomeadamente os de lazer. Dito isto parece-me um exagero proibir as alças quando sabemos que em Portugal pode fazer muito calor em Maio e Junho. Dito isto é preciso também dizer que o que se proíbe às crianças deve ser também interdito aos adultos e que por isso convém perceber com cuidado o que se acha bem e mal.
E sobretudo, que isto não se faça acentuando um lado pudico e moralista, como se fosse a pele exposta o motivo da indignação. Mais grave ainda, que não se atribua aos miúdos suspeitas de um exibicionismo sensual, como se a sua intenção fosse apenas a sedução. É caso para dizer que tais atribuições estão muitas vezes na cabeça de quem as faz e que os jovens têm uma naturalidade no modo como usam os calções e as mini saias que salvo raras excepções, não têm tal intenção de sedução. Uma sociedade proibicionista nunca é construtiva da própria liberdade, ela não ajuda os indivíduos a compreender a regra, só os ensina que serão sancionados se não as cumprirem. Não sei, portanto se há sequer necessidade de contemplar nos regulamentos de escola regras relativas ao vestuário, tendo mais a pensar que caso se veja necessidade se pode falar com as crianças e jovens sobre este assunto, usando, por exemplo, a aula de Formação Cívica, a direcção de turma, ou se considerado um problema mais grave e claramente identificado, um tutor.
A verdade é que a moda é nisto um factor de influência importante e que qualquer adolescente nos últimos anos dificilmente conseguiria comprar umas calças sem cintura descaída. Convém pois que as críticas sejam ponderadas face também a essas circunstâncias, pois se a escola não é um lugar qualquer, também não poderá ser um lugar indiferente ao mundo e fechado sobre si próprio.
23 de Maio 2008
Artigo de Clara Cibele, em escola.info
domingo, 24 de maio de 2009
Eles estão com medo
Depois de anunciada a Manifestação de 30 de Novembro:
- Jorge Pedreira veio logo dizer que era inadmissível que se marcasse um protesto perto da data das eleições
- O governo suspendeu a mudança nos vínculos dos professores, preferindo ficar à espera de uma melhor oportunidade para voltar à carga
- A ministra veio logo fantasiar sobre reformas ganhas tentando o tudo por tudo para desincentivar a continuidade da luta dos professores
O governo tem medo do dia 30 de Maio. Façamos do seu receio realidade.
- Jorge Pedreira veio logo dizer que era inadmissível que se marcasse um protesto perto da data das eleições
- O governo suspendeu a mudança nos vínculos dos professores, preferindo ficar à espera de uma melhor oportunidade para voltar à carga
- A ministra veio logo fantasiar sobre reformas ganhas tentando o tudo por tudo para desincentivar a continuidade da luta dos professores
O governo tem medo do dia 30 de Maio. Façamos do seu receio realidade.
A importância de continuar a lutar
(cartaz daqui)
Sócrates é perigoso, sempre teve desprezo pela cultura e saber, e por aqueles que sabem mais do que ele, como os professores. Sempre detestou o estudo e os seus professores, e nutre por eles um ódio de estimação. Está consciente que a perda da maioria absoluta se deve em grande parte, para além das falcatruas em que sempre esteve metido, à luta justa que os professores travaram nestes últimos quatro anos, e que nunca irá esquecer...
Se ganhar as legislativas, não tenhamos dúvida que irá partir a espinha a todos os professores não deixando um vivo para contar a história do seu infortúnio. A todos os que não entregaram os OI mandará instaurar um processo disciplinar, à semelhança do que a ministra da educação sugeriu que os Presidentes dos Conselhos Executivos fizessem. Só que no próximo ano já não são os PCE que estão à frente das Escolas, mas os novos directores que caso não cumpram as sugestões da tutela, são corridos como aconteceu no Agrupamento de S. Onofre, em Fafe, em Tavira, ao colega Charrua, …
Não se esqueçam que estes directores foram escolhidos por um conselho geral transitório que termina funções e que os próximos directores serão escolhidos dentro do aparelho do partido.
A vida dos professores tornou-se num calvário, o ambiente nas Escolas está irrespirável, a desmotivação e total, os professores têm medo de falar, com o receio de ser perseguidos, sentem que a insegurança paira a cada esquina. O trabalho aumentou abruptamente, sem que se reflicta no sucesso dos alunos, a autoridade do professor foi abolida, sendo agredidos pelos alunos e encarregados de educação.
Se o Sócrates ganhar as próximas eleições com os directores coadjuvados pelos inspectores as Escolas tornar-se-ão uma arena inquisitória, onde os indesejáveis por razões partidárias, pessoas ou outras alheias à vida da Escola, serão expurgados do ensino.
Colega se gostas de ser professor, se defendes uma Escola Pública de qualidade, sem política, onde alunos e professores convivam em fraternidade, não deixes de participar na próxima manifestação independentemente de teres entregue os OI, porque se os entregastes foi contra a tua vontade e tens mais uma razão para manifestar a tua indignação. Esta será a tua última oportunidade para lutares por uma Escola democrática e justa, não te acomodes se não queres ver a tua vida transformada num Inferno. Quem foi capaz de correr com tantos milhares de colegas que deram uma vida à Escola, não se ensaia muito para mandar para a rua outros tantos, a legislação já foi publicada, agora só é necessário pôr os caciques a funcionar.
Se pensas que a reforma acabou, desengana-te, a procissão ainda vai no adro e se o PS voltar a ganhar… vais ver o que ainda te vai cair em cima …
Nas eleições Europeias não fiques em casa, aproveita para passares o primeiro cartão vermelho ao arrogante do Sócrates. Se ele ganhar ainda te vai esfolar até às legislativas.
Pára um bocadinho para pensar e vê no que se tornou o teu local de trabalho… e os alunos sempre a saber menos… Luta, não baixes os braços, dos fracos não reza a história. O Tipo não olha a meios para conseguir os fins. Se Sócrates tivesse um centésimo da dignidade e carácter de um professor, depois de tudo o que se descobriu a seu respeito já tinha desaparecido do planeta, mas ele é safado não tem um pingo de vergonha na cara, é um trapaceiro profissional.
Colega, faz do 30 de Maio um marco pela luta da preservação da democracia em Portugal.
Passa no mínimo a dez colegas …
(recebido por e-mail)
Sócrates é perigoso, sempre teve desprezo pela cultura e saber, e por aqueles que sabem mais do que ele, como os professores. Sempre detestou o estudo e os seus professores, e nutre por eles um ódio de estimação. Está consciente que a perda da maioria absoluta se deve em grande parte, para além das falcatruas em que sempre esteve metido, à luta justa que os professores travaram nestes últimos quatro anos, e que nunca irá esquecer...
Se ganhar as legislativas, não tenhamos dúvida que irá partir a espinha a todos os professores não deixando um vivo para contar a história do seu infortúnio. A todos os que não entregaram os OI mandará instaurar um processo disciplinar, à semelhança do que a ministra da educação sugeriu que os Presidentes dos Conselhos Executivos fizessem. Só que no próximo ano já não são os PCE que estão à frente das Escolas, mas os novos directores que caso não cumpram as sugestões da tutela, são corridos como aconteceu no Agrupamento de S. Onofre, em Fafe, em Tavira, ao colega Charrua, …
Não se esqueçam que estes directores foram escolhidos por um conselho geral transitório que termina funções e que os próximos directores serão escolhidos dentro do aparelho do partido.
A vida dos professores tornou-se num calvário, o ambiente nas Escolas está irrespirável, a desmotivação e total, os professores têm medo de falar, com o receio de ser perseguidos, sentem que a insegurança paira a cada esquina. O trabalho aumentou abruptamente, sem que se reflicta no sucesso dos alunos, a autoridade do professor foi abolida, sendo agredidos pelos alunos e encarregados de educação.
Se o Sócrates ganhar as próximas eleições com os directores coadjuvados pelos inspectores as Escolas tornar-se-ão uma arena inquisitória, onde os indesejáveis por razões partidárias, pessoas ou outras alheias à vida da Escola, serão expurgados do ensino.
Colega se gostas de ser professor, se defendes uma Escola Pública de qualidade, sem política, onde alunos e professores convivam em fraternidade, não deixes de participar na próxima manifestação independentemente de teres entregue os OI, porque se os entregastes foi contra a tua vontade e tens mais uma razão para manifestar a tua indignação. Esta será a tua última oportunidade para lutares por uma Escola democrática e justa, não te acomodes se não queres ver a tua vida transformada num Inferno. Quem foi capaz de correr com tantos milhares de colegas que deram uma vida à Escola, não se ensaia muito para mandar para a rua outros tantos, a legislação já foi publicada, agora só é necessário pôr os caciques a funcionar.
Se pensas que a reforma acabou, desengana-te, a procissão ainda vai no adro e se o PS voltar a ganhar… vais ver o que ainda te vai cair em cima …
Nas eleições Europeias não fiques em casa, aproveita para passares o primeiro cartão vermelho ao arrogante do Sócrates. Se ele ganhar ainda te vai esfolar até às legislativas.
Pára um bocadinho para pensar e vê no que se tornou o teu local de trabalho… e os alunos sempre a saber menos… Luta, não baixes os braços, dos fracos não reza a história. O Tipo não olha a meios para conseguir os fins. Se Sócrates tivesse um centésimo da dignidade e carácter de um professor, depois de tudo o que se descobriu a seu respeito já tinha desaparecido do planeta, mas ele é safado não tem um pingo de vergonha na cara, é um trapaceiro profissional.
Colega, faz do 30 de Maio um marco pela luta da preservação da democracia em Portugal.
Passa no mínimo a dez colegas …
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