segunda-feira, 18 de maio de 2009
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Somos um movimento de professores e cidadãos que se juntam para defender e reinventar a escola pública, porque queremos combater a reprodução das desigualdades sociais e criar uma cultura inovadora, democrática e de participação, tendo como primeiro compromisso o sucesso e a emancipação dos alunos.
1 comentário:
Manifestação 'do adeus'?
Comigo, não. Estou farta.
- Farta de ter razão e não ganhar nada com isso.
- Farta de alinhar com quem, na rua, esgrime bandeiras de protesto e na escola se põe na fila dos carneirinhos obedientes e acéfalos. Que entrega OI depois de os ter veementemente renegado. Que integra listas para um modelo de gestão que diz repudiar.
Pois comigo, não contem. Estou farta.
- Farta de lutar e ver os sindicatos desbaratarem o potencial da minha luta.
- Farta de ficar sozinha, com mais uns quantos bacanos, numa luta que era de todos
- Farta de palhaçadas, de politicamente correctos, de curvares de espinha à opinião pública.
- Farta de incoerências, de razões da treta, de gente que se borra de medo
Dois terços dos professores alinharam nos esquemas do ME. Traíram os ideais que pareciam defender. E traíram os colegas que resistiram.
Não me venham agora com romantismos, manifestações do adeus, declarações renovadas de razões que já não são as vossas.
E não se iludam, falhámos. Houve um tempo em que éramos fortes e a nossa força advinha da nossa união. Depois das mega-manifs, dos 'gloriosos' dias de greve, duas coisas deveriam ter sido feitas:
1ª- uma greve que doesse: por exemplo, às avaliações do 2º período. Convocá-la teria sido o papel dos sindicatos
2ª- não entregar O.I, e não integrar listas para o CGT, o que se esperava dos professores. Que tinham de ter acreditado, individualmente, na força da sua razão. Que deviam ter cumprido aquilo que defendiam.
Nada disto aconteceu. Falharam os sindicatos e falharam os professores.
E eu, que retirei os OI quando toda a gente desatou a entregá-los, não tenho vontade nenhuma de ir à manif de dia 30, como não tenho vontade nenhuma de fazer uma greve de duas horas. De folclore, já me chegou o cordão humano que os sindicatos elegeram como forma suprema de luta, numa altura em que ainda podíamos ter ganho alguma coisa.
Olhos no chão e rabinho entre as pernas. É assim que estamos, e mostrá-lo aí pelas ruas, em minha opinião, é falta de vergonha na cara.
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