terça-feira, 5 de maio de 2009

Unir os professores, voltar à rua com toda a força


Em breve o Movimento Escola Pública disponibilizará vários materiais para ajudar à convocação da manifestação do dia 30 de Maio. Este novo protesto de rua traz inegáveis vantagens:

- pode e deve voltar a unir os professores, tenham ou não entregue os objectivos individuais
- encosta o governo à parede numa altura sensível, em plena campanha eleitoral
- mantem viva a luta dos professores pela escola pública
- se a sua dimensão for razoável, poderá obrigar a um recuo deste ou do próximo governo, em relação ao modelo de avaliação de desempenho ou mesmo a questões mais de fundo. Não esquercer que as manifestações anteriores obrigaram o governo a desenrascar-se com dois simplexs.

O Movimento Escola Pública apela a todos os professores e professoras que iniciem desde já a mobilização de colegas para este protesto crucial. Ficar em casa é deixar tudo na mesma, ir à manifestação, mesmo que não garanta uma vitória na mão, é arriscar um destino diferente e melhor.

A este respeito, reproduzimos aqui, dois posts da blogosfera a ler com atenção:

Do ProfAvaliação:

(...) Os 5 meses que se avizinham vão ser determinantes para o sucesso da luta dos professores. Esse sucesso depende dos resultados das eleições legislativas. Mas os resultados das legislativas começam a desenhar-se já em Junho. Os professores podem dar um contributro para aprofundar a dinâmica de derrota do PS. Só uma derrota do PS pode conduzir ao fim da divisão da carreira em duas categorias e a um modelo de avaliação de desempenho simples, justo e não burocrático. A melhor forma de os professores darem esse contributo é através da unidade entre sindicatos, movimentos e bloggers com influência nos professores. Se os professores mostrarem que estão divididos, a máquina de propaganda do Governo saberá explorar essa situação a favor do PS. É por isso que é estrategicamente importante a união da Plataforma Sindical. E a opção pela realização de um dia de luto nacional e de uma manifestação em Lisboa, no dia 30 de Maio, teve que ver com a necessidade de manter a Plataforma unida. Uma Plataforma Sindical desavinda seria, de imediato, explorada por Jorge Pedreira e pelo PS. Sindicatos, movimentos e bloggers têm uma responsabilidade social: unir e não dividir. Pode-se usar o direito à crítica e à divergência sem utilizar uma linguagem agressiva para com as forças que apostam na unidade. É isso que se espera de pessoas responsáveis e eu estou em crer que todos percebemos isso e vamos dar o nosso melhor para que tal suceda. Como desejo contribuir da melhor forma para o desgaste do PS e para o fim da maioria absoluta do partido que quis esmagar e domesticar os professores, vou participar com o meu habitual entusiasmo na manifestação do dia 30 de Maio e apelar à maior mobilização possível de docentes.

Do ProfsLusos:

Agora a sério, eu sei que estas iniciativas da Plataforma, «souberam a pouco», mas não podemos desistir agora. Se pensarem bem, a esta altura do «campeonato», não daria para fazer muito mais. Tudo (ou quase tudo) o que fugisse do que foi anunciado, estaria condenado ao insucesso ou então a um sucesso insignificante. Bem me apetecia «radicalizar», mas olhem bem à vossa volta e tirem conclusões... Acham mesmo que uma greve por tempo indeterminado teria adesão por parte da maioria dos colegas? Pensem nisso.

1 comentário:

Unknown disse...

OLá! Não sei o teu email, por isso deixo aqui as questões para uma hipotética entrevista para publicar no ProfAvaliação. Manda-me as respostas por email com foto (se possível).
1. Quando e por que razão integraste o grupo que fundou o MEP?
2. Qual a tua leitura das acções de luta anunciadas ontem pela Plataforma Sindical?
3. Como vês o futuro da luta dos professores?
4. Como é que os professores podem dar um contributo para retirar ao PS a maioria absoluta? Achas esse objectivo desejável?