quinta-feira, 28 de maio de 2009

Um país de estúpidos burocratas


"Hoje, o meu mais velho (5ºano), entregou-nos uma simpática carta da sua professora de ciências, informando que tendo ela solicitado a passagem à reforma em Dezembro passado, há dois dias tinha recebido comunicação deferindo positivamente o seu pedido, com efeitos a partir de 31 de Maio.

Como se está em final de ano, ela manifestou a sua disponibilidade, que foi aceite de bom grado pela Comissão Executiva, para assegurar as aulas das suas turmas por mais três semanas, ou seja até ao final do ano escolar, a 19 de Junho.

Contactada a Direcção Regional de Educação do Norte, foi-lhe no entanto indicado que se teria de retirar obrigatoriamente do serviço no final do mês de Maio, informando-nos a professora que, embora lamentando, não poderá ignorar tal directiva.

Não haverá substituição de professor, nem os alunos terão aulas, nem darão por inteiro o programa, nem terão o último teste, nem se sabe como serão lançadas ou por quem as notas da disciplina."

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blasfémias

1 comentário:

Fátima André disse...

É com decisões destas que se vai corroendo o ensino e a escola pública. É paradoxal que se implementem medidas que dizem fomentar o trabalho de voluntariado dos professores aposentados (Decreto-Lei n.º 124/2009 de 21 de Maio) e agora regeitem a vontade manifestada por esta docente de trabalhar em voluntariado até ao final do ano lectivo. É uma vergonha. As Direcções Regionais em muito têm contribuído para o caos em que vamos mergulhando.