sexta-feira, 22 de maio de 2009

Afinal, para quê tanto alarido?


Escola distribui preservativos há três anos sem polémicas

"Li os projectos de lei de educação sexual do PS e do PCP na diagonal e não vi nada de novo, nada que me surpreendesse. Na minha escola já há três anos que temos um gabinete onde professores e enfermeiros estão disponíveis para atender os alunos e onde disponibilizamos preservativos."

Ondina Freixo, 46 anos, professora de Biologia/Geologia, coordena a área da Educação para a Saúde no Agrupamento de Escolas de Moimenta da Beira,Viseu, e confessa não entender toda a "polémica" que este tema tem suscitado.
Na escola a que pertence, diz, não só as iniciativas relacionadas com a Educação Sexual são um sucesso, como "nunca houve problemas com um pai. Aliás, quando reunimos temos sempre connosco um representante da associação de pais", lembra.

A própria professora tem uma filha de 13 anos na escola. Tal como o director do agrupamento, Alcides Sarmento, que tem duas filhas, uma de 17 e outra com 14. "Acreditei no projecto e fomos vendo a sua aplicação. Visto em abstracto tive alguns receios, quando isto começou. Mas acho que para esta avaliação até conta mais a minha experiência como pai que como responsável escolar e concluí que acabou por facilitar a educação das minhas filhas."

O agrupamento de Moimenta da Beira não é o único no País a ter um gabinete de atendimento e a disponibilizar preservativos: há escolas, como a Lima de Freitas (Setúbal), onde há mais de dez anos se criaram gabinetes e, na sequência da lei de 1999, se disponibilizaram preservativos.

Legalmente, o acesso a preservativos nas escolas secundárias já está previsto desde 1999, mas o Ministério da Educação não tem dados sobre quantas o facultam

(Notícia do DN desta sexta-feira)

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