A propósito do debate deste Sábado (15h, Setúbal, Auditório do IPJ, Largo Zeca Afonso), aqui ficam duas ideias úteis:
“Um dos obstáculos que os professores mais sistematicamente elegem para justificar o insucesso escolar é a existência de "turmas heterogéneas". Esta fantasia delirante, e perfeitamente acientífica, decorre de uma perversão do ensino: continuamos a eleger a lição simultânea como método. Logo, um grupo homogéneo, que ouve ao mesmo tempo, percebe ao mesmo tempo, responde ao mesmo tempo, corresponde, no imaginário escolástico, à turma ideal. Ideias semelhantes escreveram as páginas mais horrendas da nossa história recente.
Temos que perceber que quando falamos de inclusão não nos reduzimos a um público tipificado. Se as crianças deficientes, por razões mais do que evidentes, preenchem uma preocupação central das estratégias de inclusão, as vítimas e/ou os candidatos a excluídos não param de crescer. São os "náufragos do desenvolvimento" como alguém lhes chamou, os pobres, os culturalmente marginais, os que sofrem todos os riscos da desumanidade crescente que as nossas sociedades inventam. São muitos destes que encontramos nas margens da escola e nos caminhos paralelos da segregação mais ou menos encoberta. É
para estes que a escola é mais vital, são os mais desprotegidos e os mais diferentes que precisam de mais e melhor escola.”
Lê todo o texto de Américo Peças
“Um dos obstáculos que os professores mais sistematicamente elegem para justificar o insucesso escolar é a existência de "turmas heterogéneas". Esta fantasia delirante, e perfeitamente acientífica, decorre de uma perversão do ensino: continuamos a eleger a lição simultânea como método. Logo, um grupo homogéneo, que ouve ao mesmo tempo, percebe ao mesmo tempo, responde ao mesmo tempo, corresponde, no imaginário escolástico, à turma ideal. Ideias semelhantes escreveram as páginas mais horrendas da nossa história recente.
Temos que perceber que quando falamos de inclusão não nos reduzimos a um público tipificado. Se as crianças deficientes, por razões mais do que evidentes, preenchem uma preocupação central das estratégias de inclusão, as vítimas e/ou os candidatos a excluídos não param de crescer. São os "náufragos do desenvolvimento" como alguém lhes chamou, os pobres, os culturalmente marginais, os que sofrem todos os riscos da desumanidade crescente que as nossas sociedades inventam. São muitos destes que encontramos nas margens da escola e nos caminhos paralelos da segregação mais ou menos encoberta. É
para estes que a escola é mais vital, são os mais desprotegidos e os mais diferentes que precisam de mais e melhor escola.”
Lê todo o texto de Américo Peças
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