sexta-feira, 4 de abril de 2008

Chiado, à tardinha, pela Escola Pública

A Escola Pública é de toda a gente

Mesmo de toda. Falemos dela, para a compreender, para a melhorar. Tratemos disso uns com os outros, escutando e descobrindo.
Tomemos a rua, que é de toda a gente. Por enquanto. E não foi sempre, nem é necessariamente assim, é preciso ir conquistando todos os dias, todas as noites.
Se é professor(a), ou na escola trabalha de outra forma, fale dela e escute como se não fosse. Se não é esse o seu caso, oiça e sinta e diga como se fosse ou pudesse ser.
Acarinhe-a. Demorou tanto a conquistar até a própria ideia de escola pública, a garantir a sua existência, a reconhecer a qualidade devida a toda a gente. Existe ainda há tão pouco tempo no nosso país. Não acredita? Informe-se.
Precisa de melhorar, vai melhorar. Terá de acontecer com quem nelas trabalha, quem ensina e apoia, mas também na esfera pública.
Porque está ameaçada? Sim! Mas sobretudo porque sem a escola pública de qualidade, toda a coisa pública definha e entristece. Sem rigor, amor e respeito, alegria e criatividade, é a coisa pública que embaça e desiste da gente que vive e vai viver em Portugal.
Sem escola pública e qualidade, há muito menos gente a conseguir escutar com a cabeça e o coração, é mais difícil a tanta gente ser escutada com atenção. A nossa terra fica mais pequena de sentidos, menos gente a agir na coisa pública, a tal que é, devia ser, de toda a gente. Por exemplo.

Vale a pena hora e meia no Chiado, ao fim da tarde, para isto, não acha?

Maria José Vitorino

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