Incoerências como esta só são permitidas a quem está no poder. Em declarações sobre a urgência de alterar o sistema de avaliação dos professores contratados e de o "simplificar" a la carte (urgente só na lógica dos seus interesses políticos), a ministra defendeu que as escolas são diferentes e por isso devem poder avaliar com procedimentos diferenciados. Claro que este argumento só vale para esta questão particular porque no regime geral de avaliação a maior parte dos procedimentos estão definidos centralmente (ou será que a ministra vai alterar isto?). Claro que a última coisa em que a ministra está a pensar é nos professores contratados que, avaliados segundo procedimentos diferentes e num "processo sumaríssimo", poderão sofrer injustiças diferenciadas que se reflectirão na sua "carreira" (palavra que para os contratados é só uma força de expressão, ou melhor uma expressão de força). Com isto cai por terra a retórica do rigor que era uma das justificações para avançar com este processo. A incoerência é gritante: um sistema descentralizado para uns e centralizado para os restantes, ora as escolas devem poder decidir ora a sua margem de decisão é manietada, consoante os interesses do momento. Se a ministra é incoerente isso será mais uma razão para chumbá-la...
Carlos Carujo, Professor Contratado
sexta-feira, 11 de abril de 2008
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