sábado, 19 de abril de 2008

Meandros do entendimento

"No dia 29 de Março, na altura do Governo Presente em Viseu, o ministro do Trabalho telefonou a Manuel Carvalho da Silva pedindo-lhe um encontro, que acontece no gabinete do ministro. Tinham passado 11 dias sobre o encontro da delegação da CGTP com o primeiro-ministro, em São Bento, onde a guerra na Educação fora aflorada. Os cem mil manifestantes que se juntaram no Terreiro do Paço foram a almofada necessária para que Carvalho da Silva pedisse "uma saída para este conflito", sem a qual, terá deixado claro, não haveria possibilidade de acalmar todos os outros sectores. Sócrates, por seu lado, não deixou passar a oportunidade de ter pela frente o líder sindical para solicitar a sua intervenção na resolução de um problema que, a agudizar-se, não traria senão prejuízos para ambas as partes."

Vê aqui a notícia toda

2 comentários:

Anónimo disse...

http://www.luta-social.org/2008/04/luta-dos-150-mil-professores-e-os.html

Maio disse...

Só podemos confiar em nós!
Quando toca a marchar, muitos não sabem que o inimigo marcha à sua frente.
Cartilha de Guerra Alemã, Bertolt Brecht

Travámos uma das lutas mais participadas e intensas de que há memória. Estivemos unidos e mobilizados como nunca. Fizemos a mais grandiosa manifestação de professores que alguma vez aconteceu. Conquistámos as atenções da comunicação social e conseguimos a simpatia da maior parte dos fazedores de opinião. Toda a oposição política, da direita à esquerda, e mesmo algumas personalidades do partido do poder, estiveram connosco. Pusemos o Primeiro-Ministro à beira de um ataque de nervos e a Ministra da Educação com a demissão à vista. Em suma, tivemos tudo para vencer o combate e, afinal, acabámos por morrer na praia.
Quem ganhou em toda a linha foi Sócrates. Segurou Maria de Lurdes Rodrigues e mantém, no essencial, a sua política educativa e o seu modelo de avaliação. Por isso, canta vitória.
Nós, pelo contrário, temos é razões para estar desiludidos, indignados, revoltados. Não apenas porque nenhum dos principais objectivos da nossa luta foi alcançado mas, sobretudo, por termos sido utilizados como moeda de troca e vergonhosamente traídos. De forma calculista, ignóbil, pérfida. Ao mais alto nível, como aqui é relatado.
Caso para perguntar: com dirigentes destes quem precisa de inimigos?
Infelizmente, só podemos confiar em nós. É o que iremos fazer!