sexta-feira, 5 de dezembro de 2008

Caldo entornado


(Foto daqui)
Contudo, Jorge Pedreira, no final do encontro, reiterou que a tutela continua com a mesma posição de sempre. “Não há suspensão do processo de avaliação. Tornámos muito claro isto no encontro com a plataforma”, precisou o responsável. E acrescentou: “Durante a próxima semana serão aprovados os instrumentos que permitem a simplificação do modelo de avaliação, de acordo com aquilo que o Governo tinha definido”.

O secretário de Estado sublinhou que, neste momento, nem a hipótese de aplicar a avaliação este ano mas com outras regras é admitida. “Em princípio, aquilo que fazemos é a simplificação”, assegurou, ressalvando que não pode dizer o que vai acontecer no dia 15, pois a tutela está aberta a “discutir alternativas para o futuro”.

No Público

Comentário:

Foi para isto que se desmarcaram as greves?

4 comentários:

Unknown disse...

Muito estranho este comentário. Confia-se mais em Jorge Pedreira do que na Plataforma Sindical?

miguel reis disse...

Se a Plataforma Sindical quer desmentir as palavras de Jorge Pedreira, deve fazê-lo e torná-lo público. Para todos os efeitos a posição do governo é aquela que transmitiu publicamente: não suspende o modelo de avaliação este ano

Miguel Reis

Phi disse...

De quem assina memorandos de embuste, canta vitórias (na altura parece que foi da Académica, não dos alunos, dos profs. ou das escolas) e se agarrou ao processo de contestação para não ser ultrapassado pelos profs., tudo é possível.
Não quero acreditar que tenham a coragem de nos voltar a trair, mas tudo é possível...
Vamos aguardar.

Unknown disse...

GREVES REGIONAIS FORAM SUSPENSAS. Não há solução sem suspensão da Avaliação!

1. Às 18H30 de 5 de Dezembro, o Secretário de Estado Jorge Pedreira garantiu a realização, pela primeira vez, de uma reunião em que Sindicatos e Ministério da Educação negociarão, nas mesmas condições as suas perspectivas relativamente ao futuro do Estatuto da Carreira Docente e da Avaliação do Desempenho dos docentes.

2. Essa reunião realizar-se-á no dia 15 de Dezembro, momento em que a Plataforma apresentará uma proposta alternativa ao modelo simplificado do ME para o ano em curso, o qual decorrerá do processo de suspensão que o ME terá de assumir como a única saída.

3. Perante os sinais que os professores e o país exigiam, a Plataforma suspende a realização das greves regionais marcadas para a próxima semana, na certeza de que, desta forma, assume perante o país, o governo e o ministério da educação que os professores estão disponíveis para encontrar uma solução.

4. A extraordinária greve e a magnífica manifestação de 3 de Dezembro e 8 de Novembro foram declarações inequívocas dos professores e educadores e da sua oposição a este estatuto e a esta avaliação. Todos sabem de que lado está a quase totalidade dos docentes portugueses. Porém, suspensas as greves a Plataforma Sindical propõe que, em 11 de Dezembro, na próxima 5.ª feira:

a. todas as escolas aprovem posições contra este ECD, esta avaliação, esta política educativa e de defesa da escola pública. Para tal serão disponibilizados os mecanismos legais de justificação das faltas, sempre que necessário, ao abrigo da lei sindical;

b. distribuam ou façam chegar a todos os encarregados de educação um texto “Porque estão os professores em luta?”, de forma a ampliar o esclarecimento da sociedade portuguesa sobre as razões que levam a que este sector profissional permaneça determinado, unido e exigente em relação à sua profissão e à qualidade da escola pública;

c. façam chegar aos sindicatos e ao ME as suas posições de oposição a esta política.

5. Perante a posição clara de recusa deste modelo e desta política, exortam-se os professores e educadores a suspenderem a avaliação onde tal ainda não aconteceu e a manter a suspensão onde já se tomou essa decisão. O facto de o ME ter enviado, nos últimos dois dias, para as escolas, três despachos com a consagração de regras previstas no modelo simplificado, só pode merecer dos docentes a mesma resposta já antes dada. O modelo foi suspenso e rejeitado e os docentes devem, civicamente, manter e reforçar essa suspensão.

6. A Plataforma reafirma que não haverá solução sem suspensão. Por isso, mantém a greve nacional marcada para 19 de Janeiro (dia em que se cumprem dois anos sobre a imposição do actual ECD), caso o ME que se tem revelado parte do problema, não queira fazer parte da solução. Agir para ganhar! Manter a luta e a unidade dos Professores!

A luta continua!

O Departamento de Informação e Comunicação do SPRC