sexta-feira, 5 de dezembro de 2008

Quase, quase...no Parlamento!


Foi por pouco que hoje não ganhou a ala parlamentar que pretendia suspender este modelo de avaliação dos Professores.

- O líder parlamentar desvalorizou hoje a ausência de 30 deputados sociais-democratas na votação dos projectos de resolução da oposição pela suspensão do processo de avaliação dos professores, argumentando que "os números decisivos" foram os da bancada socialista.

Questionado à saída do plenário se a ausência de três dezenas de deputados do PSD na votação não terá sido decisiva para o 'chumbo' dos diplomas, Paulo Rangel considerou que a falta dos parlamentares sociais-democratas "não teve relevância para a votação".

"Os números decisivos foram os do PS", argumentou, insistindo que uma "vitória" só seria possível se 13 deputados da maioria socialista votassem "contra a orientação" da sua bancada.

Paulo Rangel lembrou, a propósito, que a maioria socialista dispõe de 121 deputados e a oposição apenas 109, ou seja, mesmo que as bancadas do PSD, CDS-PP, PCP, BE e Os Verdes não registassem ausências os diplomas seriam chumbados.

Interrogado se a oposição não poderia, mesmo assim, ter aprovado os diplomas já que também a bancada socialista registava algumas ausências, o líder parlamento do PSD persistiu na tese de que foram os parlamentares socialistas que 'chumbaram' os projectos e resolução.

Porque, acrescentou, se também os deputados do PS estivessem todos presentes, o diploma seria sempre 'chumbado'.

Paulo Rangel assegurou ainda que "a bancada foi toda mobilizada e chamada" para a votação destes diplomas, apesar de 30 deputados terem acabado por não estar presentes.

"A bancada foi toda mobilizada e chamada. Depois, cada uma assume a sua responsabilidade", salientou.

Os projectos de resolução da oposição pela suspensão do processo de avaliação dos professores foram hoje "chumbados" pelo PS, numa votação em que seis deputados da maioria, entre os quais Manuel Alegre, "furaram" a disciplina de voto.

Os projectos de resolução do BE, PCP, PSD, PEV e da deputada não inscrita, Luísa Mesquita tiveram o voto favorável de cinco deputados do PS - Manuel Alegre, Teresa Portugal, Matilde Sousa Franco, Eugénia Alho e Júlia Caré.

No caso do texto do CDS, juntou-se mais um deputado socialista ao voto favorável - João Bernardo - e uma deputada absteve-se - Odete João.

A votação da resolução dos democratas-cristãos suscitou dúvidas à bancada proponente que pediu uma recontagem "em contraprova", nas palavras do presidente da Assembleia da República, Jaime Gama.

Recontados os votos, Gama anunciou que o texto foi chumbado com o voto contra de 101 deputados, os votos a favor de 80 deputados e uma abstenção.
Ou seja, o projecto do CDS-PP que recomendava a suspensão e simplificação da avaliação dos professores poderia ter sido aprovado no Parlamento, não fossem as ausências de deputados nas bancadas da oposição.

(Lusa, 05/12/2008)

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