Se para o pensamento hegeliano a verdade nunca reside apenas num único ponto de vista, essa não é a lógica que define o comportamento da Ministra da Educação que (afastada do bulício da malta...) durante dois longos anos elaborou aquele que viria a ser o mais contestado modelo de avaliação dos professores.
“Há trinta anos que os professores não são avaliados”, afirmação do primeiro ministro que não corresponde à verdade. Todos gostamos de ser avaliados, de ver reconhecido o nosso trabalho, o nosso mérito, e, apesar de toda uma campanha para nos desacreditar junto da opinião pública (ainda se lembram dessa célebre frase : “perdi os professores mas ganhei os pais”), os alunos, na sua grande maioria, ainda reconhecem o nosso trabalho, dedicação e empenho. Não conheço o sistema pelo qual são avaliados os médicos, os engenheiros, os advogados e outros quadros superiores do Estado, mas conhecendo a triste realidade que se vive actualmente nas escolas, onde este modelo de avaliação gerou um clima de confusão, incertezas e até de conflitualidade entre os pares (titulares, avaliadores e avaliados), chegámos à conclusão de que esta não será a única, nem a melhor forma de, harmoniosamente, concretizar esse objectivo.
A escola não pode ser equiparada a uma qualquer repartição pública onde os funcionários se movem por entre papéis e computadores – a escola também não representa apenas o local de trabalho onde o professor´dentro do tempo limitado de um horário vai transmitindo aos alunos, os conteúdos programáticos da sua área disciplinar.
Segundo Bernard Show, dramaturgo inglês, “A escola é um edifício com quatro paredes e o amanhã dentro dele.”, por isso, os professores são uma peça fundamental na caminhada para um futuro melhor das crianças e adolescentes, oriundos de famílias, culturas e países diferentes, alguns deles bastante problemáticos, vítimas de uma sociedade que, muitas vezes, não se compadece com os mais desprotegidos. É neste contexto da tal escola inclusa que o professor não é apenas o transmissor de saberes mas também o pedagogo, o amigo, aquele que os escuta e aponta caminhos – é este o trabalho que ultrapassa o espaço limitado da Escola e escapa, muitas vezes, ao reconhecimento público e é, na realidade, a face invisível da profissão de um professor que desempenha, na totalidade, a sua missão de educar!
Luísa Penisga González
Professora de História, Cidadania e Mundo Actual
Observação: artigo publicado no Barlavento de 4 de Dezembro de 2008
“Há trinta anos que os professores não são avaliados”, afirmação do primeiro ministro que não corresponde à verdade. Todos gostamos de ser avaliados, de ver reconhecido o nosso trabalho, o nosso mérito, e, apesar de toda uma campanha para nos desacreditar junto da opinião pública (ainda se lembram dessa célebre frase : “perdi os professores mas ganhei os pais”), os alunos, na sua grande maioria, ainda reconhecem o nosso trabalho, dedicação e empenho. Não conheço o sistema pelo qual são avaliados os médicos, os engenheiros, os advogados e outros quadros superiores do Estado, mas conhecendo a triste realidade que se vive actualmente nas escolas, onde este modelo de avaliação gerou um clima de confusão, incertezas e até de conflitualidade entre os pares (titulares, avaliadores e avaliados), chegámos à conclusão de que esta não será a única, nem a melhor forma de, harmoniosamente, concretizar esse objectivo.
A escola não pode ser equiparada a uma qualquer repartição pública onde os funcionários se movem por entre papéis e computadores – a escola também não representa apenas o local de trabalho onde o professor´dentro do tempo limitado de um horário vai transmitindo aos alunos, os conteúdos programáticos da sua área disciplinar.
Segundo Bernard Show, dramaturgo inglês, “A escola é um edifício com quatro paredes e o amanhã dentro dele.”, por isso, os professores são uma peça fundamental na caminhada para um futuro melhor das crianças e adolescentes, oriundos de famílias, culturas e países diferentes, alguns deles bastante problemáticos, vítimas de uma sociedade que, muitas vezes, não se compadece com os mais desprotegidos. É neste contexto da tal escola inclusa que o professor não é apenas o transmissor de saberes mas também o pedagogo, o amigo, aquele que os escuta e aponta caminhos – é este o trabalho que ultrapassa o espaço limitado da Escola e escapa, muitas vezes, ao reconhecimento público e é, na realidade, a face invisível da profissão de um professor que desempenha, na totalidade, a sua missão de educar!
Luísa Penisga González
Professora de História, Cidadania e Mundo Actual
Observação: artigo publicado no Barlavento de 4 de Dezembro de 2008
1 comentário:
Apesar disto: http://www.petitiononline.com/demissao/petition.html
e confirmado por isto:http:
//ww1.rtp.pt/noticias/?article=376266&visual=26&tema=1
Sobe PS sobe !
(Sondagem para a RR, Expresso e SIC )http://sic.aeiou.pt/online/noticias/pais/sondagemlegislativas.htm
MFerrer
Enviar um comentário