No debate parlamentar de hoje, a Ministra da Educação admitiu substituir o seu modelo de avaliação por outro, mas apenas no próximo ano lectivo, ou seja, depois de aplicar o que resta do seu este ano. Porque será?
Ora, a Ministra já tinha admitido que o seu modelo continha erros e simplicou alguns aspectos. Com remendos atrás de remendos, quis manter vivas duas coisas:
- uma ideia para a sociedade de que os professores estão a ser avaliados pela primeira vez com rigor, quando curiosamente, para salvar o seu modelo, foi obrigada a tornar voluntária a avaliação cientifico-pedagógica que é a mais importante para corrigir as más práticas docentes (que também as há)
- manter o sistema de quotas e a divisão artificial da carreira, tornando esta profissão mais barata para o Estado e rigorosamente estratificada como numa empresa.
Está claro! A Ministra, e também Sócrates, querem chegar às eleições podendo dizer que avaliaram os professores, mesmo que o modelo com que eles foram avaliados seja uma verdadeira farsa, um fanico de fanicos. Depois das eleições...levem lá a bicicleta! Se calhar, nem Maria de Lurdes Rodrigues será ministra. Mas não nos enganemos....
Esta é a altura em que o governo está mais fraco e isolado. Por isso é o momento ideal para derrubar o actual Estatuto da Carreira Docente que está na origem deste modelo de avaliação. Os protestos devem continuar até a Ministra proferir as palavras mágicas: SUSPENSÃO DESTE MODELO DE AVALIAÇÃO, iniciando-se a discussão de outro modelo, sem divisão artificial da carreira.
Daí que é com alguma apreensão que vejo os sindicatos aplaudirem o facto de a ministra ter admitido substituir o seu modelo no próximo ano lectivo, considerando que esse anúncio só foi possível devido à histórica greve dos professores.(Agência Lusa de hoje)
Não se pode aplaudir a tacanhez. A Ministra já não acredita no seu modelo mas quer manter a face e é teimosa. É preciso dizer: se está disposta a substitui-lo para o ano que vem, tem que estar disposta a suspendê-lo já e iniciar negociações imediatas para um modelo alternativo.
O argumento de que só se muda depois de experimentar está fora de prazo. Já não há mais nada a testar. Sobram umas fichas do conselho executivo para ver se são bem preenchidas este ano....É isso que a Ministra quer testar? Ou quererá testar se os professores sabem fazer contas com as quotas? A bem dizer, o modelo de avaliação antigo, como solução para este ano, é bem mais sério do que a trapalhada que a Ministra quer manter, avaliando quase todos os professores com base na assiduidade e nas visitas de estudo.
Ora, a Ministra já tinha admitido que o seu modelo continha erros e simplicou alguns aspectos. Com remendos atrás de remendos, quis manter vivas duas coisas:
- uma ideia para a sociedade de que os professores estão a ser avaliados pela primeira vez com rigor, quando curiosamente, para salvar o seu modelo, foi obrigada a tornar voluntária a avaliação cientifico-pedagógica que é a mais importante para corrigir as más práticas docentes (que também as há)
- manter o sistema de quotas e a divisão artificial da carreira, tornando esta profissão mais barata para o Estado e rigorosamente estratificada como numa empresa.
Está claro! A Ministra, e também Sócrates, querem chegar às eleições podendo dizer que avaliaram os professores, mesmo que o modelo com que eles foram avaliados seja uma verdadeira farsa, um fanico de fanicos. Depois das eleições...levem lá a bicicleta! Se calhar, nem Maria de Lurdes Rodrigues será ministra. Mas não nos enganemos....
Esta é a altura em que o governo está mais fraco e isolado. Por isso é o momento ideal para derrubar o actual Estatuto da Carreira Docente que está na origem deste modelo de avaliação. Os protestos devem continuar até a Ministra proferir as palavras mágicas: SUSPENSÃO DESTE MODELO DE AVALIAÇÃO, iniciando-se a discussão de outro modelo, sem divisão artificial da carreira.
Daí que é com alguma apreensão que vejo os sindicatos aplaudirem o facto de a ministra ter admitido substituir o seu modelo no próximo ano lectivo, considerando que esse anúncio só foi possível devido à histórica greve dos professores.(Agência Lusa de hoje)
Não se pode aplaudir a tacanhez. A Ministra já não acredita no seu modelo mas quer manter a face e é teimosa. É preciso dizer: se está disposta a substitui-lo para o ano que vem, tem que estar disposta a suspendê-lo já e iniciar negociações imediatas para um modelo alternativo.
O argumento de que só se muda depois de experimentar está fora de prazo. Já não há mais nada a testar. Sobram umas fichas do conselho executivo para ver se são bem preenchidas este ano....É isso que a Ministra quer testar? Ou quererá testar se os professores sabem fazer contas com as quotas? A bem dizer, o modelo de avaliação antigo, como solução para este ano, é bem mais sério do que a trapalhada que a Ministra quer manter, avaliando quase todos os professores com base na assiduidade e nas visitas de estudo.
Miguel Reis
Sem comentários:
Enviar um comentário