quarta-feira, 26 de março de 2008

Até onde vigiar? Até onde punir?

O procurador dá prioridade à violência nas escolas, a aluna vai a tribunal e Diogo Feio ganhou uma Páscoa política à borla.

E, já agora, o que vai acontecer ao aluno ou aluna que filmou e pôs o vídeo na net? É legal, é banal, passa porque é jovem e tal?

A Comissão Nacional de Protecção de Dados tem posto freio à paranóia securitária de governo e de algumas direcções de escolas que bem queriam câmaras de videovigilância no seu interior. O que é que professores e alunos achariam de ter uma câmara dentro da sala de aula, em nome da segurança?

E se a direita canta e ri, em cada dirigente do PS há um PS para todos os apetites. Valter Lemos dá uma prova única de tino ao lembrar que a aluna, se não tem 15 anos, está dentro da escolaridade obrigatória (e o Estado tem com ela compromissos acrescidos). Mas Jorge Coelho tem uma grande amiga que foi sequestrada por causa de um telemóvel e, se acha grave o silêncio dos adultos responsáveis pelas escolas (e acha bem), também “no seu entender, o facto de os alunos adolescentes serem inimputáveis criminalmente favorece a impunidade”.

Se isto não é uma campanha nacional contra os telemóveis, o melhor mesmo era que Jorge Coelho e Diogo Feio se juntassem e propusessem um projecto Coelho-Feio: um polícia para cada aluno, uma câmara de videovigilância em cada sala…

Cecília Honório

1 comentário:

menagerie disse...

Adorei o nome do projecto - Coelho-Feio diz tudo. Saudações