quarta-feira, 19 de março de 2008

Os professores têm razão

Os professores não receiam ser avaliados. A avaliação é necessária, e sempre fomos avaliados, implícitamente pelos nossos alunos, e explícitamente pelos nossos pares para progredir na carreira. Portanto a novidade não é a avaliação mas sim como vamos ser avaliados, e este modelo turvo de avaliação, Senhora Ministra, não o esclarece.
Na reportagem da Maria Filomena Mónica, publicada na revista Sábado sobre a manifestação de professores do dia 8 de Março, a socióloga ao abordar o que considera o "pomo central da discórdia", a avaliação dos professores, afirma que "a competência pedagógica é uma qualidade que nenhuma grelha pode captar. Basta ler a peça The History Boys, do premiado Alan Bennet, para se ver o quão arbitrária é a avaliação dos professores. A agravar o problema, o organigrama proposto pelo Ministrério da Educação inspirado nos disparates que Valter Lemos apresentou no seu livros Critérios de Sucesso, é uma aberração(...). A 8 de Março de 2008, 100 mil docentes (dois em cada três) saíram de casa para declarar que não reconhecem à Ministra da Educação legitimidade para os julgar. Para mal dos nossos pecados têm razão"

Beatriz Dias

Fonte:
Revista Sábado, Nº 202, 13 a 18 de Março 2008

1 comentário:

loboalfa disse...

Os professores não receiam e desejam a avaliação? É mesmo assim?
No meu ponto de vista deviam rejeitar a avaliação de desempenho. Toda e qualquer avaliação! É o princípio do fim da solidariedade!
Parece-me que isto ando muito calmo! Será que 3º período a mobilização voltará a ser o que era? Ou o ministério calculou bem o tempo que precisava para vencer?