domingo, 2 de março de 2008

Fim de semana em cheio, os protestos continuam

Mais um fim de semana em cheio na capacidade de mobilização dos professores portugueses. Na sexta-feira à noite houve protestos em Braga e Torres Vedras e no Sábado em Setúbal e Viana do Castelo. Veja as fotos da manifestação de setúbal (fotos de José Carrilho) e em baixo notícia da Lusa sobre esta concentração, com declarações de João Madeira do Movimento Escola Pública.









Setúbal, Portugal 01/03/2008 18:20 (LUSA)
Setúbal, 01 Mar (Lusa)

Cerca de 500 professores juntaram-se hoje na Praça do Bocage, em Setúbal, em protesto contra o sistema de avaliação de professores e o novo modelo de gestão das escolas, numa concentração convocada através de mensagens de telemóvel.

Os professores acenaram com lenços brancos e entoaram palavras de ordem a exigir a demissão da ministra da Educação, Maria de Lurdes Rodrigues, num protesto que prometem continuar, como disse à lusa João Madeira, do Movimento Escola Pública - Igualdade e Democracia.

“É um protesto generalizado que tem vindo a surgir de forma espontânea em todo o país. Há vários movimentos no terreno que resultam do desconforto e do inconformismo muito grande que existe nas escolas”, disse João Madeira, solidário com o protesto que decorreu em Setúbal.
“É preciso que a ministra e a equipa ministerial se demitam porque neste momento já não conseguem estabelecer pontes de diálogo seja com quem for”, acrescentou João Madeira, reafirmando que o encontro foi convocado de forma espontânea a exemplo do que tem vindo a acontecer noutras cidades.

Alguns professores apelaram aos pais dos alunos para acompanharem de perto a luta que estão a desenvolver contra a política do Ministério da Educação porque, segundo dizem, “não têm tempo para fazer o que é mais importante”.

“Eu peço a atenção dos pais para aquilo que se está a passar, porque nós não temos tempo para fazer aquilo que é importante e que é o que melhor sabemos fazer: trabalhar com os miúdos, motivá-los, mudar estratégias”, disse à Lusa uma professora do ensino secundário que participou na concentração da Praça do Bocage.
“Os alunos são os principais prejudicados”, concluiu.


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