



Setúbal, Portugal 01/03/2008 18:20 (LUSA)
Setúbal, 01 Mar (Lusa)
Cerca de 500 professores juntaram-se hoje na Praça do Bocage, em Setúbal, em protesto contra o sistema de avaliação de professores e o novo modelo de gestão das escolas, numa concentração convocada através de mensagens de telemóvel.
Os professores acenaram com lenços brancos e entoaram palavras de ordem a exigir a demissão da ministra da Educação, Maria de Lurdes Rodrigues, num protesto que prometem continuar, como disse à lusa João Madeira, do Movimento Escola Pública - Igualdade e Democracia.
“É um protesto generalizado que tem vindo a surgir de forma espontânea em todo o país. Há vários movimentos no terreno que resultam do desconforto e do inconformismo muito grande que existe nas escolas”, disse João Madeira, solidário com o protesto que decorreu em Setúbal.
“É preciso que a ministra e a equipa ministerial se demitam porque neste momento já não conseguem estabelecer pontes de diálogo seja com quem for”, acrescentou João Madeira, reafirmando que o encontro foi convocado de forma espontânea a exemplo do que tem vindo a acontecer noutras cidades.
Alguns professores apelaram aos pais dos alunos para acompanharem de perto a luta que estão a desenvolver contra a política do Ministério da Educação porque, segundo dizem, “não têm tempo para fazer o que é mais importante”.
“Eu peço a atenção dos pais para aquilo que se está a passar, porque nós não temos tempo para fazer aquilo que é importante e que é o que melhor sabemos fazer: trabalhar com os miúdos, motivá-los, mudar estratégias”, disse à Lusa uma professora do ensino secundário que participou na concentração da Praça do Bocage.
“Os alunos são os principais prejudicados”, concluiu.
Sem comentários:
Enviar um comentário