Tal como tem acontecido por todo o país, em Portimão os Professores e Educadores saíram à rua contra as políticas do governo Sócrates e da ministra da Educação, fazendo uma concentração hoje, dia 6 de Março, pelas 17. 30 horas, frente à Câmara Municipal de Portimão. Este protesto convocado à margem dos sindicatos, pelo Movimento de Professores Indignados de Portimão e pelo Movimento Escola Pública pela Igualdade e Democracia, através de SMS, mails e blogues, juntou cerca de 800 docentes.
Tratou-se de um grande movimento de indignação realizado na principal cidade do Barlavento algarvio por movimentos independentes que complementam a acção dos sindicatos, tendo recebido o apoio do SPZS/FENPROF.
Os professores gritaram bem alto contra o modelo de avaliação prepotente e punitivo imposto pelo Ministério da Educação, contra todas estas políticas educativas do governo Sócrates/PS e a sua gritante incompetência. Gritaram bem alto em defesa da Escola Pública e que estava na hora da Ministra ir embora e que no dia 8 de Março estariam em peso em Lisboa na grande marcha da indignação.
Esta concentração de professores mereceu o apoio de Manuel da Luz, socialista, Presidente da Câmara Municipal de Portimão, que se juntou aos manifestantes dizendo que estava solidário com os professores e que alguns aspectos tinham de ser alteradas no processo de avaliação.
João Vasconcelos - Portimão
4 comentários:
Não se deslumbrem! Não há vitórias, nem derrotas permanentes!
Preparam-se para o dia seguinte!
OK,antonio-str, não há...
Mas a violência, a desumanidade que os "poderosos" desfecham sobre nós já é demasiado permanente. O grande projecto de subjugar as populações, é de longa duração.
Deixe a gente deslumbrar-se com a alegria da participação, da solidariedade na luta. Deixe que as energias se desamarrem.
Deixe que a reconstrução da utopia passe por aqui...Assim nos preparamos melhor para o dia seguinte, não acha?
abraço
Fernanda Q
correcção sintáctica "o grande projecto... é..."(sem vírgula)
fq
Cara FQ
Lamento só hoje ter visto o seu comentário.
Não me interprete mal, estamos do mesmo lado e tenho o coração cheio de utopias e, também, de grandes desilusões! Apenas quis dizer que se acontecesse o pior, o Mundo não iria acaber em 8 de Março.
Apenas registo com alguma inquietude que largos sectores da população não sabem, nem querem saber, o que move os professores, sinal de que ainda há muito para ganhar e esclarecer. Ao falar em população, não me refiro àquelas seitas que se autodenomiraram de Associações de Pais e Encarregados de Educação. Já não tenho filhos no básico, nem no secundário, mas não auto-excluo do que se passa no país, sabendo de antemão que o que está causa é mais do que a avalição dos professores, é a escola pública, tal como a conhecemos.
Não quero intrometer-me na estratégia, isso é com os professores. A análise, a direcção a seguir, o futuro deste movimento, serão vocês a decidir, embora tenha a minha opinião pessoal que não é para aqui chamada.
Mesmo que, por vezes, possa estar estar descrente, ou confuso, quanto ao futuro e quanto ao rumo das minhas paixões, o meu coração sabe sempre (sempre soube)de que lado devia estar. Tudo o resto (como a sintaxe), não interessa nada!
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