“Não me façam perguntas sobre avaliação que não lhe vou responder...”, “Não lhe vou responder aquilo que quer ouvir...” Foi assim, a ministra na interpelação parlamentar desta semana!
A sua passagem pela Assembleia da República, a forma insolente como recusou responder aos deputados e aos jornalistas revela um absoluto desprezo pelo confronto e pelo debate democrático. A dita poderia rebater, poderia emprestar às suas respostas o acinte ou a agressividade que entendesse, mas não, foi a ostensiva recusa a responder fosse o que fosse.
Admiração? Apesar de tudo alguma, ainda que a forma prepotente e miserável como continua a querer ignorar a vontade dos professores, expressa na marcha da indignação, nos cem mil professores na rua viesse dando nota grave desse tom.
O Governo veio com o papo cheio de bazófia moralista, dizer que não governa em função da “rua”, já estávamos fartos de ouvir. Mas, pelos vistos, governa sozinho, num total desdém pelo Parlamento, pelas oposições e por sectores expressivos do próprio partido que o sustenta, numa pulsão autista encharcada de tiques nada democráticos.
Isolados e acossados, ministra e os seus acólitos continuam afundando-se num pântano de irresponsabilidade e de insensibilidade social.
Com as pontes de diálogo cortadas com os professores, numa turbulência dentro do próprio partido que a suporta, o apoio obstinado e desvairado de Sócrates de pouco servirá para alterar a indignação, o inconformismo e a revolta que grassa entre os professores.
Na rua, evidentemente, teremos de continuar a insistir para suspender o processo de avaliação. Como nas escolas! Vamos parar o processo de avaliação! Sem medos. Com inteligência e com audácia. Está ao nosso alcance.
sexta-feira, 21 de março de 2008
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