"Caros colegas
Conforme prometi, envio em anexo a moção aprovada na Escola Secundária de Vergílio Ferreira (Lisboa) e que foi assinada por 92 dos 116 professores deste estabelecimento de ensino.
César Garcia"
MOÇÃO
Os professores da Escola Secundária de Vergílio Ferreira, em Lisboa, reunidos no dia 28 de Outubro de 2008, consideram em linhas gerais que o actual modelo de avaliação do desempenho, aprovado pelo Decreto-Regulamentar 2/2008:
- não avalia o que é fundamental na actividade do professor,
- não contribui para uma alteração positiva das práticas dos professores,
- perturba fortemente o funcionamento das escolas nos seus aspectos essenciais,
- e é inaplicável de forma transparente, objectiva e justa.
Mais especificamente, consideram que:
1. Este modelo de avaliação do desempenho não está orientado para a qualificação do serviço docente, nem para a melhoria da qualidade da Educação enquanto serviço público;
2. O início da aplicação do actual modelo de avaliação do desempenho está paradoxalmente a prejudicar o desempenho dos professores devido à carga burocrática e às inúmeras reuniões que exige;
3. A aplicação do modelo revela-se morosa e é dificultada pela falta de informação cabal e inequívoca às perguntas que vão, naturalmente, surgindo;
4. Este modelo reveste-se de enorme complexidade, é objecto de leituras difusas e distantes que nem o próprio Ministério da Educação consegue explicar devidamente;
5. O grau de subjectividade de muitos dos itens constantes das fichas impedem que a avaliação do desempenho seja feita com objectividade;
6. O modelo de avaliação impõe uma avaliação entre pares, potencialmente parcial e criadora de um mau ambiente na escola. A maioria dos avaliadores não tem formação para tal e alguns possuem mesmo formação académica, científica e pedagógica inferior à dos professores que vão avaliar.
7. A inadequação deste modelo de avaliação é visível também nas formas extremamente díspares como está prevista a sua operacionalização nas escolas, com variadíssimas interpretações de regras e procedimentos.
8. O modelo de avaliação penaliza, nos critérios de obtenção de Muito Bom ou Excelente, o uso de direitos como sejam o de faltas por motivos de maternidade/paternidade, por doença, para cumprimento de obrigações legais e por nojo.
Assim sendo, os professores da Escola Secundária de Vergílio Ferreira, em Lisboa propõem:
1. Ao Ministério da Educação, a suspensão do actual modelo de avaliação e a criação de um novo modelo que tenha em conta os objectivos fundamentais da Escola e o sentir dos professores.
2. Aos órgãos executivos desta escola, a suspensão do calendário do processo de avaliação, aguardando por uma maior estabilização da situação.
A suspensão do processo de avaliação permite:
- recentrar a atenção dos professores na sua missão fundamental, ensinar, trabalhando prioritariamente com os alunos,
- negociar um outro modelo de avaliação do desempenho do pessoal docente para posterior aplicação.
______________________________________
"Colegas:
Em anexo, segue a moção aprovada por 92,8% dos docentes (129 de 139 professores) do Agrupamento de Escolas de Pinhal de Frades
Este Agrupamento é constituido por 4 escolas
.
Parabéns pelo trabalho de divulgação!
Mário Amoreira
Conforme prometi, envio em anexo a moção aprovada na Escola Secundária de Vergílio Ferreira (Lisboa) e que foi assinada por 92 dos 116 professores deste estabelecimento de ensino.
César Garcia"
MOÇÃO
Os professores da Escola Secundária de Vergílio Ferreira, em Lisboa, reunidos no dia 28 de Outubro de 2008, consideram em linhas gerais que o actual modelo de avaliação do desempenho, aprovado pelo Decreto-Regulamentar 2/2008:
- não avalia o que é fundamental na actividade do professor,
- não contribui para uma alteração positiva das práticas dos professores,
- perturba fortemente o funcionamento das escolas nos seus aspectos essenciais,
- e é inaplicável de forma transparente, objectiva e justa.
Mais especificamente, consideram que:
1. Este modelo de avaliação do desempenho não está orientado para a qualificação do serviço docente, nem para a melhoria da qualidade da Educação enquanto serviço público;
2. O início da aplicação do actual modelo de avaliação do desempenho está paradoxalmente a prejudicar o desempenho dos professores devido à carga burocrática e às inúmeras reuniões que exige;
3. A aplicação do modelo revela-se morosa e é dificultada pela falta de informação cabal e inequívoca às perguntas que vão, naturalmente, surgindo;
4. Este modelo reveste-se de enorme complexidade, é objecto de leituras difusas e distantes que nem o próprio Ministério da Educação consegue explicar devidamente;
5. O grau de subjectividade de muitos dos itens constantes das fichas impedem que a avaliação do desempenho seja feita com objectividade;
6. O modelo de avaliação impõe uma avaliação entre pares, potencialmente parcial e criadora de um mau ambiente na escola. A maioria dos avaliadores não tem formação para tal e alguns possuem mesmo formação académica, científica e pedagógica inferior à dos professores que vão avaliar.
7. A inadequação deste modelo de avaliação é visível também nas formas extremamente díspares como está prevista a sua operacionalização nas escolas, com variadíssimas interpretações de regras e procedimentos.
8. O modelo de avaliação penaliza, nos critérios de obtenção de Muito Bom ou Excelente, o uso de direitos como sejam o de faltas por motivos de maternidade/paternidade, por doença, para cumprimento de obrigações legais e por nojo.
Assim sendo, os professores da Escola Secundária de Vergílio Ferreira, em Lisboa propõem:
1. Ao Ministério da Educação, a suspensão do actual modelo de avaliação e a criação de um novo modelo que tenha em conta os objectivos fundamentais da Escola e o sentir dos professores.
2. Aos órgãos executivos desta escola, a suspensão do calendário do processo de avaliação, aguardando por uma maior estabilização da situação.
A suspensão do processo de avaliação permite:
- recentrar a atenção dos professores na sua missão fundamental, ensinar, trabalhando prioritariamente com os alunos,
- negociar um outro modelo de avaliação do desempenho do pessoal docente para posterior aplicação.
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"Colegas:
Em anexo, segue a moção aprovada por 92,8% dos docentes (129 de 139 professores) do Agrupamento de Escolas de Pinhal de Frades
Este Agrupamento é constituido por 4 escolas
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Parabéns pelo trabalho de divulgação!
Mário Amoreira
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